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‘Tiny Houses’ é o novo fenômeno mobiliário; veja o que é, quanto custa e como se constrói

As chamadas ‘mini casas’ chegaram ao Brasil e mesclam design, eficiência e preços mais acessíveis

Modelo de casa é tendência na Europa e nos EUA

As “Tiny Houses” ou as “Mini Casas” são um novo fenômeno imobiliário e mesclam design, eficiência e preços mais acessíveis. Com muitos adeptos em países da Améria do Norte e Europa, elas chegaram recentemente ao Brasil.

Após a crise da bolha imobiliária que afetou o mundo inteiro, essas casas consideradas compactas e funcionais ganharam espaço como alternativa, não apenas pelos custos mais acessíveis, mas também por um estilo de vida que prioriza o essencial, a personalização e a sustentabilidade.

De acordo com o Movimento Tiny Houses Brasil, o modelo surgiu em 1997, originário dos Estados Unidos, e propõe unidades pequenas, transportáveis ou fixas, com designs que aproveitam ao máximo cada metro quadrado. Para ser considerada uma Tiny House, ela deve atingir no máximo 37 m².

Como são construídas as Tiny Houses?

O modelo chama atenção mundialmente pelo rápido tempo de construção e baixo custo. Isso acontece porque há uma pré-fabricação e transporte até o local, embora também possam ser instaladas em estruturas pré-existentes.

As Tiny Houses são produzidas em construção seca, ou seja, método que usa uma estrutura de perfis leves em madeira (Wood Frame) ou aço. Os interiores contam com drywall, tinta, piso laminado, rodapés e iluminação LED.

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Quanto custa uma Tiny House?

A Tiny House Brasil, por exemplo, apresenta modelos criados “do zero”, customizadas, e pré-existentes, que custam de R$ 230 mil a valores a partir de R$ 430 mil.

O modelo Tiny House Fênix, mais barato, possui 4 metros de comprimento e uma área útil de 15 m². Na cozinha ela inclui fogão e fornos elétricos, além de uma geladeira de 120L e uma bancada.

Nos modelos a partir de R$ 430 mil, como Araraúna e Toca Turquesa, as casas possuem cerca de 27m² e comporta de 4 a 6 pessoas. Um dos projetos contempla ainda um Ofurô de 1,5m para 1 adulto e 2 crianças.

Tiny Houses fixas x Tiny Houses móveis

Há diferentes modelos de Tiny Houses. Algumas são construídas de forma fixa ou modular, outras são prontas para o transporte.

As Tiny Houses móveis, segundo o Movimento Tiny Houses Brasil, são isentas de impostos, como IPTU e IPVA, e não precisam ser aprovadas na prefeitura ou INCRA. São um bom investimento para quem quer se deslocar com facilidade e comprar a casa sem comprar terreno.

Já as fixas ou modulares são ideais para quem tem terrenos próprio e precisam de um frete específico para serem transportadas até o local, já que não são fabricadas no terreno. No caso dessas Tiny Houses, elas necessitam de aprovação na prefeitura, mesmo em terrenos rurais.

Uma alternativa para o futuro

As minicasas se consolidaram como uma opção moderna e personalizada para diversos públicos. Sua versatilidade permite que funcionem como residências principais, casas de fim de semana, extensões, escritórios ou aluguéis de férias.

O “Tiny Living”, movimento de pessoas que passaram a aderir o novo estilo de vida nas Mini Casas, está atrelado à busca por uma vida simples, sustentável e de liberdade.

O movimento explica que viver em uma Tiny House significa ter mais tempo livre, ser mais sustentável, ter menos custo de manutenção e limpeza, ter mais contato com o ambiente externo, além de gastar menos com energia.

"É sobre abrir mão de metros quadrados por uma casa linda e de qualidade, é viver na prática o menos é mais”, afirmam.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo