Passageira flagra aproximação de caça da FAB durante voo particular: ‘Achei que ia bater’

Voo havia saído do Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Anápolis, em Goiás, quando foi acompanhado por um caça F-5 Tiger II

Caça F5 da Força Aérea Brasileira (FAB)

Uma passageira de um voo particular registrou o momento em que um caça F5 da Força Aérea Brasileira (FAB) se aproximou do avião em que estava na tarde desta terça-feira (23).

O voo havia saído do Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Anápolis, em Goiás. O vídeo que circula nas redes sociais é da médica Stephanie Rizk.

À CNN, a médica contou que o momento começou com um aviso do comandante. “Eu estava tranquila, lendo, quando o comandante virou para trás e disse: ‘Olhem pela janela que vocês não vão passar por uma situação parecida nunca mais’. Quando olhei, o caça estava ao lado. Ele ora se aproximava, ora se afastava, e isso durou de cinco a seis minutos”, contou a médica.

Veja o vídeo:

Inicialmente, a tripulação cogitou tratar-se de um treinamento. No entanto, segundo Stephanie, o piloto do caça voou sob a aeronave particular por algum tempo antes de aparecer na lateral, um procedimento padrão de identificação.

“O comandante sentia que tinha algo embaixo, mas não sabia o quê. A torre também não passava a informação de que era um avião da FAB. Depois tivemos certeza de que realmente era uma interceptação real. O caça fez um ‘360' e foi para a lateral, onde estabeleceram contato pela mesma frequência de rádio”, explicou a médica.

Após a identificação e o cumprimento dos protocolos de segurança, o caça realizou uma manobra de mergulho e desapareceu. “A FAB fez com maestria todo o movimento. Foi bem bacana ter vivido isso”, concluiu.

Em nota, a FAB informou que os “voos de interceptação de aeronaves fazem parte das medidas de policiamento do espaço aéreo e todas as aeronaves em voo no espaço aéreo brasileiro estão suscetíveis a essas medidas”.

Veja nota da FAB:

“A Força Aérea Brasileiras (FAB), por meio do Comando de Preparo (COMPREP), informa que os voos de interceptação de aeronaves fazem parte das medidas de policiamento do espaço aéreo e todas as aeronaves em voo no espaço aéreo brasileiro estão suscetíveis a essas medidas, independente de rota, altitude, performance ou critérios de propriedade do projeto.

Destaca-se, ainda, que esse tipo de atividade é rotineira e a proximidade entre o caça e a aeronave interceptada serve para que possam ser observadas características como, por exemplo, a matrícula da aeronave interceptada”.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde

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