O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Marcelo Corbage, e o chefe da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core), Fabricio Oliveira, relataram em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que apenas 134 dos 343 policiais das duas unidades utilizaram câmeras corporais durante a
A operação se tornou a mais letal do Estado, resultando em 121 mortes. Conforme o depoimento de Corbage, que comanda o Bope, 77 dos 215 policiais da tropa de elite estavam equipados com câmeras corporais durante a ação. Ele ainda acrescentou que “não se considerou a necessidade de baterias sobressalentes” para os dispositivos, “pois acreditava-se que a operação teria uma duração normal de cerca de cinco a seis horas”.
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Por sua vez, Oliveira informou ao MPRJ que, dos 128 policiais da Core, 57 estavam utilizando câmeras corporais na operação. Corbage declarou que os equipamentos foram distribuídos de forma que “todas as frações tivessem pelo menos um policial com câmera”.
O Ministério Público do Rio identificou “lesões atípicas” em dois dos 121 corpos de suspeitos e policiais mortos durante a megaoperação contra o Comando Vermelho. Um relatório técnico elaborado pela Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia (DEDIT), com base em exames de necropsia dos corpos, revelou que um dos suspeitos apresentava lesões decorrentes de disparo à queima-roupa e outro apresentava ferimento por decapitação.
Os promotores encarregados da análise dos corpos sugerem uma “avaliação minuciosa das imagens das câmeras corporais dos agentes envolvidos na operação” e a análise do escaneamento do local onde ocorreu o confronto.
Com informações de Estadão Conteúdo