Pacientes denunciaram demora excessiva na realização e liberação de exames laboratoriais nessa quarta-feira (17) no Hospital do Ipsemg, na Região Central de Belo Horizonte. Segundo relatos, alguns atendimentos chegaram a levar seis ou até sete horas, mesmo em casos considerados urgentes.
O mecânico William Ferreira Neri contou que a mãe, de 80 anos, deu entrada no hospital com dificuldades para andar, falta de ar, dor nas pernas e dormência. Segundo ele, o exame foi coletado por volta das 7h, mas o resultado ainda não havia sido liberado após quase quatro horas de espera.
“Ela chegou debilitada, entrou com andador, e até agora o exame não saiu. Sem o resultado, o atendimento não avança”, relatou.
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A vice-presidente do sindicato que representa os servidores do Ipsemg, Marina Costa, afirmou que a equipe médica e de enfermagem está disponível, mas enfrenta dificuldades para dar sequência aos atendimentos sem os resultados laboratoriais.
“Os profissionais estão prontos para atender, mas sem os exames não tem como dar prosseguimento. O problema é estrutural”, disse.Já a diretora do sindicato, Maria do Rosário Oliveira Rodrigues, classificou a situação como inadmissível e relatou casos de atrasos ainda maiores.
“Teve pacientes esperando quatro horas só para a coleta e outros aguardando seis ou sete horas pelo resultado. Exames prioritários, como a dosagem de troponina, que deveria sair em até duas horas, demoraram o dia inteiro”, afirmou.Segundo ela, um exame coletado por volta das 10h20 teve o resultado liberado apenas às 17h, mesmo sendo considerado essencial para avaliação de dor no peito.
O que diz o Ipsemg
Em nota enviada à Itatiaia, o Ipsemg informou que houve atrasos pontuais na realização de alguns exames, mas garantiu que a assistência aos pacientes não foi prejudicada.
O hospital afirmou ainda que a gestão dos exames passa por um processo de modernização, com o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento e otimizar recursos.
