A Polícia Civil prendeu nessa quarta-feira (5) a médica neurologista Cláudia Soares Alves, de 42 anos, suspeita de planejar o assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Derani, morta a tiros em novembro de 2020, em
Segundo as investigações, o crime no qual Cláudia teria matado Renata, foi motivado pelo desejo da médica de ficar com a filha da vítima, fruto do relacionamento anterior de Renata com o ex-marido de Cláudia.
Durante o cumprimento do mandado de prisão, os investigadores encontraram na casa da médica neurologista um quarto infantil decorado de rosa, com roupas, berço e até uma boneca do tipo bebê reborn. A cena reforçou a linha de investigação de que Cláudia teria uma obsessão em ser mãe de uma menina.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Renata foi abordada por um homem armado na porta da farmácia onde trabalhava. A vítima foi atingida por vários disparos e morreu no local, no dia 7 de novembro de 2020.
“Foi um homicídio covarde que vitimou uma pessoa de bem, sem envolvimento com crimes ou desavenças” afirmou o delegado Eduardo Leal, responsável pelo caso.
De acordo com a Polícia Civil, as apurações apontam que a médica organizou o crime com o apoio de dois vizinhos, pai e filho, que também foram presos. A polícia agora investiga se houve pagamento aos executores e se as prisões temporárias serão convertidas em preventivas.
Ralação da vítima com a médica
Ainda conforme a Polícia Civil, Cláudia se casou com o ex-marido de Renata, mas o relacionamento durou cerca de dois meses. O homem decidiu se separar ao perceber que a médica apresentava comportamentos obsessivos e demonstrava o desejo de assumir a maternidade da filha dele com Renata.
Durante o relacionamento, Renata chegou a proibir o ex-marido de ter contato com a filha caso ele estivesse acompanhado da médica. Após a separação, Cláudia teria planejado o assassinato da farmacêutica para ficar com a criança.
Sequestro de recém-nascido de uma maternidade
Esta não é a primeira vez que Cláudia se envolve em um crime. Em 2024, ela chegou a ser
Cláudia foi indiciada por falsidade ideológica e tráfico de pessoas e estava em liberdade desde março deste ano. Segundo os investigadores, a médica não demonstrava remorso e apresentava comportamento obsessivo em relação à maternidade.
Recém-nascida é sequestrada por falsa pediatra em hospital de Uberlândia.
“Ficou evidente que essa mulher tem uma fixação em ser mãe de uma menina. Desde os fatos, ela buscava assumir o papel de mãe da filha da vítima e chegou a fazer denúncias falsas para tentar tirar a guarda da criança” explicou o delegado.
Segundo a polícia, os três suspeitos foram transferidos para Uberlândia, onde permanecem à disposição da Justiça. A Polícia Civil informou que ambos os casos seguem sendo investigados.
“É um caso que causa grande comoção. A dor da família da vítima é imensa, mas as prisões representam uma resposta da polícia e da Justiça”, destacou um delegado.