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Frio histórico e tempo seco marcam o outubro mais gelado dos últimos dez anos em BH

A temperatura mínima registrada foi de 10,6 °C, e a máxima estimada é de 27 °C nesta quinta-feira (23)

Belo Horizonte enfrenta o outubro mais frio dos últimos dez anos. As temperaturas mínimas chegaram à casa dos 9 °C nesta semana, de acordo com a Defesa Civil Municipal. A onda de frio que atinge a capital deve persistir até o fim de semana, acompanhada de tempo seco e umidade relativa do ar em níveis críticos.

Nesta quinta-feira (23), a previsão indica céu claro a parcialmente nublado, com temperaturas baixas nas primeiras horas do dia e tempo seco à tarde.
A temperatura mínima registrada foi de 10,6 °C, e a máxima estimada é de 27 °C. A umidade relativa mínima do ar deve ficar em torno de 25% no período da tarde.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 20 e 30% é estado de atenção; abaixo de 20% é estado de alerta.

O nível ideal de umidade do ar para o organismo humano gira entre 40% e 70%.

Defesa Civil explica

Segundo o diretor de Meteorologia da Defesa Civil de BH, Diane de Carvalho, a massa de ar frio começou a atuar no último domingo (19) e deve perder força gradualmente nos próximos dias.

“A expectativa é que essa condição perdure até o início do fim de semana. A tendência é que, aos poucos, as temperaturas voltem a subir, com máximas entre 28 °C e 30 °C. Paralelo a esse refresco, teremos um tempo mais seco”, explicou.O meteorologista detalhou que o fenômeno é resultado da passagem de uma frente fria no oceano.

“Essa frente fria trouxe na retaguarda uma massa de ar com características frias. Os ventos favoreceram uma mudança abrupta nas temperaturas”, afirmou.

“É importante reforçar a hidratação, manter ambientes ventilados e, se possível, fazer a umidificação do ar”, orienta Diane.Ele também recomenda cuidado com banhos muito quentes e longos, que podem ressecar a pele, e evitar alimentos muito gordurosos.

Belo-horizontinos enfrentam o frio

Nas ruas, a população tenta se adaptar ao frio atípico. A doméstica Elisângela da Silva Batista, de 45 anos, saiu de casa ainda de madrugada, bem agasalhada.

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“Está muito gelado, até dá preguiça de trabalhar. Acordo às quatro da manhã e é difícil. O chuveiro não esquenta muito, mas a gente toma um banho rápido pra acordar”, contou, entre risadas.

O vigia Ronilson Severino Alexandre, de 52, também reclamou do frio, mas disse que tenta manter o bom humor.

“É frio demais. A gente tem que se precaver, não pode vacilar porque o resfriado vem num pulo. Demora um pouquinho pra esquentar o chuveiro, mas assim que esquenta, é rapidinho o banho”, disse.

Mesmo com a friaca, ele garante que não reclama: “Pra mim não tem tempo ruim. Frio, calor, o que Deus mandar a gente tem que acatar e se adaptar.”

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, trabalhou na produção de matérias para a rádio, na Central Itatiaia de Apuração e foi produtora do programa Itatiaia Patrulha. Atualmente, cobre factual e é repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.