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Polícia fecha fábrica clandestina de bebidas e apreende quase 18 mil produtos em SP

Operação foi antecipada devido aos casos de intoxicação por metanol; polícia não encontrou evidências do produto no local

Polícia fecha fábrica clandestina de bebidas e apreende quase 18 mil produtos em SP

Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), cumpriram, na manhã desta terça-feira (30), três mandados de busca e apreensão contra falsificação de bebidas na cidade de Americana, em São Paulo. Dois homens foram presos por envolvimento na falsificação.

A operação foi desencadeada após investigações que identificaram a localização de uma fábrica clandestina. Conforme os policiais do DEIC, a fábrica havia sido identificada há duas semanas. Porém, devido aos casos de intoxicação por metanol, o trabalho foi antecipado.

No local, uma chácara, os policiais encontraram a produção de produtos falsificados e a da produção de rótulos de marcas conhecidas.

Foram apreendidos: uísque, gim e vodca. Ao todo, quase 18 mil itens passarão por perícia. A polícia ressalta também que não foi identificado metanol entre as substâncias recolhidas.

Segundo o delegado Wagner Carrasco, os presos vão responder por crimes contra a propriedade material, contra a saúde pública e contra relações de consumo.

“A gente estava investigando esse local há mais de um mês. Hoje, durante o cumprimento dos mandados, encontramos essa fábrica clandestina em um dos endereços. Ela era muito bem estruturada e abastecia não só o comércio local, mas também a capital de São Paulo”, disse o delegado.

Bebidas falsificadas

Na contaminação por metanol em São Paulo, todos os casos estão ligados ao consumo de bebidas alcoólicas falsificadas, segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad). Até o momento, três pessoas morreram e outros dez casos são investigados.

Para a Associação Brasileira de Combate à Fiscalização (ABCF), a principal suspeita é de que o metanol usado na adulteração seja o mesmo importado ilegalmente pelo PCC, utilizado para batizar combustíveis.

De acordo com a Polícia Civil, que investiga o caso, as vítimas, com idades entre 23 e 27 anos, consumiram uma garrafa de gim no dia 1º de setembro. Até a última atualização, os órgãos de saúde ainda não haviam esclarecido como ocorreram as intoxicações.

O que é o metanol?

O metanol, encontrado na bebida ingerida por Diogo e os amigos, é uma substância altamente inflamável e de difícil identificação. Segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, é um “composto orgânico da família dos álcoois, sendo líquido à temperatura ambiente”. O cheiro do produto, que também é inflamável e incolor, se assemelha ao de uma bebida alcoólica comum. No Brasil, sua principal função é servir como matéria-prima para a produção de biodiesel.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.