‘Não venham para Porto de Galinhas': casal agredido por preço de cadeira se manifesta

Empresários afirmam que mais de 30 pessoas participaram da briga; Polícia Civil divulgou que 14 foram identificados

O casal publicou um vídeo nas redes sociais, nesse domingo (28), relatando as agressões

Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, casal que denuncia uma agressão em Porto de Galinhas, no último sábado (27), publicaram um vídeo relatando a briga. Segundo eles, o desentendimento foi motivado pelo valor que seria pago no uso de cadeiras no local.

Os empresários afirmam que mais de 30 pessoas participaram da agressão. “Quando eu me dei conta, não era um, nem dois. Tinham uns 10, 15 em cima da gente”, contou Johnny. “O meu rosto está completamente danificado. Toda a lateral do meu corpo está machucada porque bateram muito em mim”, completou.

Veja vídeo:

O casal descreveu que as agressões aconteceram em diversas formas, “com cadeira, soco e pontapé. Todo mundo estava filmando, mas ninguém nos ajudou. Até que o Corpo de Bombeiros colocou a gente em cima do carro, mas eles continuaram nos agredindo, jogando areia no nosso rosto”, explicou Johnny.

Durante o vídeo, eles ainda agradecem a ajuda que receberam de um salva-vidas, dos policiais e da equipe médica. Os empresários contam que fizeram um Boletim de Ocorrência (BO) e agora estão “trancados” no quarto de hotel, com medo de toda a situação.

“Se continuar assim, não vai ter mais turismo em Porto de Galinhas. Entendemos que não são todas as pessoas, mas isso está acontecendo com muita frequência”, disse Cleiton. “Somos empresários, a gente se programou para essa viagem há mais de 6 meses, compramos um pacote de viagem, pagamos por tudo. Mas essa situação acabou com o nosso final de ano”, finalizou.

Casal de turistas é agredido em Porto de Galinhas após cobrança abusiva de cadeiras

Entenda o caso

Johnny Andrade e Cleiton Zanatta relataram que foram agredidos por comerciantes na praia de Porto de Galinhas após se recusar a pagar um suposto aumento do valor das cadeiras de praia. O caso aconteceu na manhã desse sábado (27).

Os empresários contaram que chegaram na praia por volta das 10h desse sábado (27) e que o barraqueiro informou que, caso eles não consumissem nada, o aluguel das cadeiras custaria R$50.

Porém, na hora de efetuar o pagamento, os comerciantes queriam cobrar R$80, ainda de acordo com o casal de turistas. Após se recusarem a pagar o novo valor, um dos homens que trabalham na barraca teria arremessado uma cadeira em Johnny, que caiu.

Eles ainda contaram que foram retirados da praia com a ajuda de guarda-vidas e levados até uma delegacia, onde foi registrado um Boletim de Ocorrência. Em seguida, receberam atendimento em um hospital na região e tiveram os documentos devolvidos por policiais.

Johnny também revelou que a dona da barraca enviou o Pix com os militares e que exigia o pagamento.

Conforme a Polícia Civil de Pernambuco, quando acionados no local a situação já havia sido controlada e que o caso é tratado como prioridade, com a intenção de identificar os envolvidos. O caso é investigado como lesão corporal.

Pelo menos 14 pessoas foram identificadas e serão indiciadas pela corporação nesta segunda-feira (29).

Por meio de nota, o governo do estado informou que, “diante das lamentáveis cenas de violência, foi determinado o reforço imediato das ações de segurança no local, além da atuação direta do setor de inteligência da Secretaria de Defesa Social, para somar esforços à apuração rigorosa que está sendo conduzida pela Polícia Civil”.

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Estudante de jornalismo pela PUC Minas, Júlia Melgaço trabalhou como repórter do caderno de Gerais no jornal Estado de Minas. Também já passou por veículos de rádio e televisão. Na Itatiaia, cobre Minas Gerais, Brasil e Mundo.
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.

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