Gerson de Melo, o “Vaqueirinho”,
O ataque a
Como “Vaqueirinho” entrou na jaula?
Vídeos que circulam nas redes sociais registraram o momento em que “Vaqueirinho” escala o muro da jaula onde a leoa estava. Em determinado ângulo, o rapaz aparece andando por uma tela de proteção; segundos depois, visitantes do zoológico filmam “Vaqueirinho” já pendurado na árvore que dava acesso à jaula.
Segundos depois, ele continua descendo pela árvore até que a leoa o ataca pelas pernas. Em seguida, é possível ver “Vaqueirinho” relutando com o animal antes de ser morto.
Vídeos que circulam nas redes sociais registraram o momento em que “Vaqueirinho” escala o muro da jaula onde a leoa estava.
Quem é “Vaqueirinho” e qual o histórico familiar?
O jovem chamado Gerson de Melo Machado era conhecido como “Vaqueirinho” e tinha 19 anos. Segundo a conselheira tutelar Verônica Oliveira, que acompanhou o jovem durante oito anos, ela revelou estar “arrasada” e que “Vaqueirinho” sofria de transtornos mentais. Em entrevista ao Metrópoles, Verônica contou que ele cresceu sem o apoio familiar e que sonhava em viajar para a África para se tornar domador de leões.
Verônica contou ainda que “Vaqueirinho” era filho de uma mãe com esquizofrenia, com avós que também sofriam de comprometimentos mentais e vivia em pobreza extrema. Verônica teve seu primeiro contato com “Vaqueirinho” aos 10 anos, quando ele foi encaminhado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao Conselho Tutelar após ser encontrado andando sozinho à beira de uma BR, depois que fugiu de um abrigo.
“Ele, embora estivesse destituído, amava a mãe e sonhava que ela conseguisse cuidar dele. Evadia do abrigo e ia direto para a casa da avó e da mãe”, contou ela durante a entrevista.
Segundo Verônica, dos quatro irmãos que estavam para adoção, Gerson foi o único não adotado, possivelmente pelos transtornos mentais. Conforme ela, Gerson só recebeu o diagnóstico quando entrou no sistema socioeducativo, em 2023.
Segundo a conselheira tutelar Verônica Oliveira, que acompanhou o jovem durante oito anos, ela revelou estar “arrasada” e que “Vaqueirinho” sofria de transtornos mentais.
“Esse laudo só veio quando ele já tinha sofrido todos os horrores de violências e violações”, lamentou Verônica durante a entrevista. Ao longo da vida, “Vaqueirinho” foi apreendido diversas vezes, todas por delitos leves. Já durante a maioridade, foi preso por consequências mais graves.
Na semana anterior à morte,
A leoa será sacrificada?
Conforme a Prefeitura de João Pessoa, após o ataque, a
Leona, como é chamada, não será sacrificada, conforme a direção do Parque Arruda Câmara.
Após o ataque, o parque foi
Veja a nota completa do zoológico:
“O Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica) lamenta profundamente o ocorrido na manhã deste domingo (30), quando um homem invadiu deliberadamente o recinto da leoa, vindo a óbito. Trata-se de um episódio extremamente triste para todos, e manifestamos nossa solidariedade e sentimentos à família e aos amigos do homem, ainda não identificado.
Assim que a ocorrência foi constatada, o parque foi imediatamente fechado, seguindo todos os protocolos de segurança. As equipes acionaram as autoridades competentes e prestaram o suporte necessário para o atendimento e o trabalho da perícia.
Informamos que a Bica permanecerá fechada para visitação até a conclusão das investigações e dos procedimentos oficiais, prezando pela transparência e pelo compromisso com a segurança de nossos visitantes, colaboradores e animais.
Reforçamos que o parque segue normas técnicas e padrões de segurança rigorosos, e estamos colaborando integralmente com todos os órgãos responsáveis para o esclarecimento dos fatos”.
Confira nota da Prefeitura de João Pessoa
“A Leona, a leoa do Parque Arruda Câmara, está bem e continuará recebendo todos os cuidados necessários. Após o incidente, ela foi imediatamente avaliada pela equipe técnica e segue em observação e acompanhamento contínuo, já que passou por um nível elevado de estresse.
É importante reforçar que em nenhum momento foi considerada a possibilidade de eutanásia. A Leona está saudável, não apresenta comportamento agressivo fora do contexto do ocorrido e não será sacrificada. O protocolo em situações como essa prevê exatamente o que está sendo feito: monitoramento, avaliação comportamental e cuidados especializados.
A equipe da Bica, médicos veterinários, tratadores e técnicos está dedicada integralmente ao bem-estar da Leona, garantindo que ela fique bem, se estabilize emocionalmente e retome sua rotina com segurança.”