A Polícia Civil do Paraná investiga o caso de uma jovem que foi agredida e ameaçada por uma mulher que se incomodou por ela estar sem sutiã, em Curitiba. Durante as agressões, ela arrastou a jovem pelo cabelo e ainda disse que iria matá-la com a ajuda do marido.
Conforme a Polícia Militar (PM), a jovem havia saído do cursinho quando foi abordada pela mulher na rua, que então começou a ofendê-la e ainda perguntou se ela trabalhava em uma fábrica de sutiã. Após a vítima dizer que não, as agressões começaram. A mulher ameaçou a jovem e a chamou de “sem vergonha”.
O caso foi registrado na última quarta-feira (16), mas veio à tona nesse sábado (19), após o registro da câmera de segurança ser revelado. A vítima prestou depoimento nesta terça-feira (22).
Nas imagens, a jovem aparece dentro de uma galeria de arte após tentar se proteger e correr para o local. Porém, a mulher segue atrás da jovem. No vídeo, é possível ver o momento em que ela desfere diversos socos contra a vítima, que cai no chão e continua sendo atacada. Em determinado momento, a jovem é arrastada pelo cabelo até a porta da galeria. Um homem aparece nas imagens tentando impedir as agressões.
“A mulher começou novamente a agredir, com golpes contundentes na cabeça. Depois, levou a jovem ao chão, continuou as agressões e puxava ela pelo cabelo na tentativa de arrastá-la ali para a morte, porque disse que mataria ela lá fora com a ajuda do marido”, disse o advogado da jovem, Eduardo Holdorf, ao g1.
Mulher agride e arrasta jovem pelo cabelo, e a ameaça por não usar sutiã; veja vídeo
— Itatiaia (@itatiaia) July 23, 2025
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O advogado ressalta também que o episódio é visto como “gravíssimo de violência física e psicológica”, já que a jovem está com medo de sair de casa e não está frequentando a escola.
Conforme a Polícia Civil, que investiga o caso, as imagens da câmera de segurança estão sendo analisadas, e agora o advogado aguarda o resultado do corpo de delito, que deverá ficar pronto somente na próxima semana.
“Entendemos que é cabível dizer que foi uma tentativa de feminicídio. Primeiro, pois a todo momento ela dizia que iria matá-la. E, segundo, que foi pela condição de ser mulher, um menosprezo. Então, a defesa vai preparar uma notícia-crime, levar até a autoridade policial, tentar argumentar e, se a autoridade policial continuar não entendendo isso como uma tentativa de homicídio, levaremos diretamente ao Ministério Público”, completou Eduardo Holdorf.