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Justiça de SP julga 14 PMs da Rota acusados de executar dois suspeitos desarmados

Os PMs, que até então respondem em liberdade, começaram a ser julgados às 10h50, na 5ª Vara do júri do Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo

A Justiça de São Paulo iniciou, nesta segunda-feira (22), o julgamento de 14 policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), a tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo. Eles são acusados de executar a tiros dois suspeitos desarmados em agosto de 2015, na capital paulista.

O Ministério Público acusa os agentes de forjar o local do crime para parecer um confronto e justificar o que fizeram. Os PMs, que até então respondem em liberdade, sempre alegaram inocência.

O julgamento começou às 10h50 na 5ª Vara do júri do Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. A decisão pela condenação ou absolvição dos réus será dada pela maioria dos jurados.

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Segundo o TJ, “na pauta, há 28 testemunhas para serem ouvidas, além dos 14 réus para serem interrogados. O processo tramita sob segredo de justiça e o julgamento está sendo realizado a portas fechadas, sem a presença do público”.

Os policiais militares são acusados de homicídio doloso (quando há a intenção de matar) e fraude processual (modificar um local de crime). De acordo com o Ministério Público, eles assassinaram a tiros Hebert Lúcio Rodrigues Pessoa e Weberson dos Santos Oliveira.

Ainda segundo o MP, as vítimas não se conheciam. Em comum, elas tinham histórico de antecedentes criminais.

Os PMs haviam dito em seus interrogatórios à Polícia Civil, que investigou o caso, que perseguiam um suposto carro roubado, com três ocupantes, e que houve troca de tiros.

Hebert foi abordado pela Rota em Guarulhos, na Grande São Paulo, e depois foi levado a Pirituba, na capital paulista, onde foi executado pelos agentes. No mesmo lugar, Weberson foi morto pela PM. Os dois levaram 16 tiros.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.