O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) alterou o título de nomeação do juiz que
José Eduardo passou no concurso de Juiz de Direito em 1995 e exerceu a magistratura até 2018, quando se aposentou. Na época, ele alegava ser Edward Wickfield e foi com esse nome que entrou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em 1992. O Juiz aposentado foi
A defesa de José Eduardo, no entanto, defende que o juiz agiu por uma “questão existencial, familiar e triste.” Para o advogado Alberto Toron, responsável pela defesa,
Relembre o caso
A situação foi descoberta depois que o magistrado foi até o Poupatempo da Sé, na região Central de São Paulo, para solicitar a segunda via de um documento de identidade em outubro do ano passado. Quando o juiz teve a biometria colhida, a Polícia Civil notou que era a mesma de um outro homem chamado José Eduardo Franco dos Reis, seu verdadeiro nome.
A inconsistência dos dados deu início a uma investigação pela Delegacia de Polícia de Combate a Crimes de Fraude Documental e Biometria. Assim, foi descoberto que havia documentos no nome de José Eduardo e da persona falsa criada por ele, Edward Wickfield. Além de documentos, com as duas carteiras de identidade, havia ainda dois CPFs e dois títulos de eleitor ligados ao juiz.
O magistrado criou a persona de
Depois que o caso veio à tona, o juiz teve a aposentadoria suspensa pelo TJ-SP. A Itatiaia procurou o órgão para saber se o magistrado vai voltar a receber o recurso com a mudança no título de nomeação e aguarda retorno.
A partir da denúncia apresentada pelo Ministério Público, o órgão pediu o cancelamento de todos os documentos emitidos em nome falso, incluindo o CPF. A Promotoria solicitou medidas cautelares, como a entrega do passaporte do acusado e a proibição de ele deixar a cidade onde reside.