Uma megaoperação contra o tráfico de fauna silvestre foi deflagrada nesta quarta-feira (29) em 11 estados do Brasil. Foram resgatados 755 animais e presos 19 suspeitos, sendo 12 em flagrante.
A “Operação Libertas” uniu diversos Ministérios Públicos, Polícias Ambientais e órgãos de fiscalização e mirou 84 alvos entre traficantes, receptadores e transportadores.
Foram cumpridos mandados nos seguintes estados:
Minas Gerais ;- Santa Catarina;
- Paraná;
- Rio de Janeiro;
- Alagoas;
- Ceará;
- Rio Grande do Sul;
- Mato Grosso;
- Mato Grosso do Sul;
- Maranhão;
- Bahia.
A maioria dos animais silvestres resgatados são aves dos biomas Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, incluindo espécies ameaçadas de extinção. Eles eram vendidos em feiras clandestinas, pontos de comércio irregular e grupos em aplicativos de mensagem.
Estão entre as espécies apreendidas trinca-ferros, papa-capins, azulões, canários-da-terra e curiós. Também foram encontrados exemplares de papagaios e araras, que estão em extinção, segundo a lista nacional de fauna brasileira.
Os animais foram encaminhados a centros de reabilitação do
Rota interestadual de tráfico
Outros crimes, como receptação, falsificação de documentos e sinais públicos, maus-tratos, organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo também foram revelados.
A investigação apontou a existência de uma rota interestadual de tráfico de animais silvestres que ligava os estados da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O líder da organização criminosa é Weber Sena de Oliveira, conhecido como “Paulista”, que foi preso em setembro após ação do Ministério Público da Bahia (MPBA).
A operação em Minas Gerais
Em Minas Gerais, três pessoas foram presas em flagrante e 337 animais foram resgatados (313 aves, 16 répteis e 8 mamíferos). Foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão nas seguintes cidades: Betim, Montes Claros, Almenara, Divisópolis, Juiz de Fora, São Miguel da Anta, Rio Pomba, Cataguases e Desterro de Melo.
A Operação Libertas foi coordenada pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), por meio do Projeto Libertas, e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com apoio da Freeland Brasil e financiamento do Escritório de Assuntos Internacionais sobre Narcóticos e Aplicação de Lei dos Estados Unidos (INL).