A defesa de Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, se manifestou nesta sexta-feira (11) sobre o atropelamento que resultou na
A defesa afirma que as jovens atravessaram a via com o sinal vermelho para pedestres e classificam o caso como uma fatalidade. “Ainda que a velocidade do veículo não estivesse compatível com a da via, trata-se de uma fatalidade, cuja dinâmica completa será esclarecida por meio das investigações e da perícia técnica”, diz o comunicado.
A defesa também alega que não há precisão quanto à velocidade em que Brendo dirigia, “uma vez que ele não se recorda dos detalhes no momento do impacto”.
O motorista, que é estudante de Direito, teve sua
“Informamos que, nessa sexta-feira, 11, a defesa técnica irá protocolar o pedido de revogação da prisão preventiva”, afirmou a equipe jurídica. No entanto, procurados na manhã deste sábado, 12, os advogados ainda não confirmaram se o pedido foi protocolado.
Linhas de investigação
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que exames periciais foram solicitados ao Instituto de Criminalística (IC) para analisar o veículo envolvido. Os laudos em elaboração devem ajudar a esclarecer a dinâmica dos fatos e investigar eventuais modificações feitas no carro, que, segundo a SSP, podem aumentar a potência do veículo. Até o momento, a defesa não comentou essa suspeita.
Outra linha de investigação apura a possibilidade de que Sampaio estivesse participando de um “racha” no momento do atropelamento. Uma testemunha relatou à polícia que ele aparentava disputar velocidade com outro carro. A Polícia Civil considera que o motorista assumiu o risco de provocar o acidente.
“Destarte, no presente caso, o indiciado ao lançar-se em prática de altíssima periculosidade em via pública e mediante alta velocidade (em conduta conhecida por ‘racha’), teria consentido com que o resultado se produzisse. Logo, há dolo eventual na espécie”, aponta o relatório policial. A defesa nega essa versão.
A delegada responsável pelo caso, Kelly Sachetto, informou que Sampaio tem doze infrações de trânsito, sendo sete delas por excesso de velocidade. Câmeras de monitoramento analisadas pela Polícia Civil também indicam que ele dirigia em alta velocidade no momento da colisão.
Apesar disso, os advogados destacam que o motorista permaneceu no local e prestou socorro imediatamente. “Ele prestou socorro no mesmo momento, não se evadindo do local. E o teste para embriaguez deu negativo”, afirmaram. Sampaio passou por exame com etilômetro (bafômetro), que não apontou consumo de álcool.
As vítimas, Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, eram amigas muito próximas, conforme relataram familiares. “As duas eram amigas inseparáveis, estudaram o ensino médio juntas e morreram juntas”, contou Claudilene Helena de Lima, mãe de Isabelli. No dia do acidente, elas comemoravam a conquista de um novo emprego por Isabelli, que começaria na semana seguinte.
O impacto foi tão forte que os corpos das vítimas foram arremessados a cerca de 50 metros do local.