Ouvindo...

Polícia Civil prende homem suspeito de abuso sexual infantil e apologia ao nazismo em SP

Jean Kennedy de Souza é suspeito do abuso de uma menina de 12 anos; o jovem armazenava imagens de violência sexual infantil e teria obrigado a menina a se mutilar

A Polícia Civil prendeu, nessa quarta-feira (26), na zona Norte de São Paulo, um homem suspeito de apologia ao nazismo e abuso sexual infantil. Jean Kennedy de Souza foi preso na casa dos pais, inicialmente, suspeito do abuso de uma menina de 12 anos. De acordo com a polícia, ele armazenava imagens de violência sexual infantil e teria obrigado a menina a se mutilar.

Na casa de Jean, a polícia apreendeu material de apologia ao nazismo, como bandeiras, imagens de Hitler e diversos objetos com referência ao partido nazista. Facas, uma espécie de espingarda e um soco-inglês também foram apreendidos.

Leia também:

O rapaz foi indiciado por estupro de vulnerável, disseminar ideologia nazista e por armazenar cenas de sexo envolvendo criança e adolescente. As investigações haviam começado em dezembro do ano passado.

Nazismo no Brasil

A apologia do nazismo usando símbolos nazistas, distribuindo emblemas ou fazendo propaganda desse regime é crime previsto em lei no Brasil, com pena de reclusão.A apologia do nazismo se enquadra na Lei 7.716/1989, segundo a qual é crime: raticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena é reclusão de um a três anos e multa – ou reclusão de dois a cinco anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social.

Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. A pena é reclusão de dois a cinco anos e multa.

Essa lei é respaldada pela própria Constituição, que classifica o racismo como crime inafiançável e imprescritível. Isso significa que o racismo pode ser julgado e sentenciado a qualquer momento, não importando quanto tempo já se passou desde a conduta.

Inicialmente, não havia menção ao nazismo na legislação, que era destinada principalmente ao combate do racismo sofrido pela população negra. Apenas em 1994 e 1997 foram incluídas as referências explícitas ao nazismo, por projetos de lei apresentados por Alberto Goldman e Paulo Paim.

Leia também

Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.