O Ministério da Saúde divulgou dados preocupantes sobre a queda no uso de preservativos no Brasil, especialmente entre os jovens. Essa tendência tem contribuído significativamente para o aumento das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) no país.
Em Belo Horizonte, os números são alarmantes. No ano passado, foram notificados 250 casos de sífilis, 205 de hepatite A e 785 de hepatite B. Esses dados ressaltam a urgência de medidas preventivas mais eficazes.
Medidas preventivas e acesso a preservativos
A Dra. Sinti Aparente, infectologista da coordenação de saúde sexual e atenção às IST, AIDS e hepatites virais da Secretaria de Saúde de BH, enfatiza a importância das medidas preventivas. Ela destaca que os preservativos estão disponíveis gratuitamente em diversos locais:
‘Hoje em dia a pessoa encontra os preservativos em todos os centros de saúde, também nos serviços de atenção especializada, nos centros de testagem e aconselhamento e, desde o ano passado, temos um ponto de dispensação na estação do metrô Central em São Gabriel’, explica a especialista.
Profilaxias pré e pós-exposição
Além do uso de preservativos, a Dra. Aparente ressalta a importância da PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV) e da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição). A PEP deve ser iniciada em até 72 horas após uma possível exposição ao vírus, enquanto a PrEP é indicada para pessoas a partir de 15 anos sexualmente ativas e com risco aumentado de contrair HIV.
Ações educativas em Belo Horizonte
Para combater a disseminação das ISTs, ações educativas estão sendo realizadas nas ruas de Belo Horizonte. A professora Mariana Maia, do Departamento de Enfermagem Aplicada da Escola de Enfermagem da UFMG, explica:
‘Principalmente a gente vai trabalhar com cronograma anual, com prevenções e ações educativas itinerantes mensalmente’, afirma Maia, incentivando a população a acompanhar as informações pelo perfil do Instagram @educacaoesaude.ufmg.
A conscientização e o acesso facilitado aos métodos preventivos são fundamentais para reverter essa tendência preocupante e proteger a saúde sexual da população, especialmente dos jovens.