A Polícia Civil de São Paulo encontrou cerca de 50 fotos de pessoas com aparência física semelhante a adolescente
“A polícia procurou imediatamente identificar todas aquelas pessoas. Pesquisamos todas aquelas (possíveis) vítimas para ver se tinha algum boletim de ocorrência de desaparecimento. Isso foi feito imediatamente, mas descobrimos que nada tinha acontecido com essas pessoas”, explicou Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).
Maicol é considerado pelos investigadores como um stalker de Vitória. Segundo a PC,
“Com a apreensão do celular do Maicol e a quebra do sigilo, foi levantado que ele já vinha monitorando a vítima desde o ano passado. Havia várias fotos (de Vitória) dentro do celular dele e principalmente do dia do crime”, disse Luiz Carlos do Carmo.
“Temos várias fotos de vários dias. Isso já desde o ano passado até o dia do crime. Ele mantinha um planejamento sigiloso de monitoramento para poder colocar mão na vítima”, acrescentou o delegado responsável pelo caso, Fábio Cenachi.
De acordo com a polícia, Maicon conhecia Vitória e viu que ela havia postado uma foto no ponto de ônibus, na noite em que desapareceu. O jovem teria ido até a adolescente e oferecido uma carona. Como ela o conhecia, ela aceitou. Dentro do carro, os investigadores acreditam que ele tenha tentado abusar sexualmente da vítima, que reagiu.
Vitória morreu após ser atingida por três facadas, sendo que uma delas atingiu a base da artéria aorta, ocasionando uma hemorragia intensa. Os laudos da perícia ainda revelaram que a
Principal suspeito confessou crime e agiu sozinho
Em coletiva nesta terça-feira (17), o delegado contou que os advogados o instruíram a ficar calado, mas Maicol insistiu em falar. Durante o impasse, os advogados deixaram a delegacia e o delegado chamou outro advogado para acompanhar o interrogatório. Segundo Cenachi, a lei afirma que o defensor não pode abandonar o processo sem justa causa e nem impedir a confissão do réu.
Quando o novo advogado chegou, Maicol contou sua versão dos fatos e admitiu ter matado Vitória. Ele afirmou que agiu o tempo todo sozinho, o que a Polícia Civil acredita ser verdade.
“Uma pessoa dessa não consegue trabalhar com outro psicopata. Na literatura da psicopatologia forense, os registros demonstram que somente ele poderia estar praticando esse crime. Geralmente, eles são extremamente narcisistas, extremamente egocentristas e controladores. Ele não conseguiria ter uma empatia ou uma lealdade com outro suspeito. Isso geraria um conflito entre eles. Então, na literatura criminológica, fica claro que somente ele participou desse crime”, explica o delegado.