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Queda de avião em SP: posição da hélice pode indicar falha em motor de aeronave que explodiu ao tentar pousar

As investigações sobre as causa do acidente estão sendo feitas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos; piloto e dono do avião foram velados nesse domingo (9)

Segundo o CENIPA a conclusão dessa investigação terá o menor prazo possível

Uma das hipóteses sobre a causa do acidente envolvendo um avião de pequeno porte na zona oeste de São Paulo, na última sexta-feira (7), é a de que houve algum problema no motor. A suspeita acontece por conta da posição da hélice da aeronave.

Nas imagens do acidente, as pás de uma hélice aparecem viradas de lado e não de frente. Esse procedimento usado por pilotos faz com que as pás fiquem paralelas ao fluxo de ar, permitindo assim uma maior passagem do vento. Isso dá mais estabilidade ao avião em caso de mau funcionamento do motor.

Quando um motor deixa de funcionar, se a hélice ficar virada para a frente, como a de um ventilador, vai gerar uma força que faz resistência ao movimento muito grande com a força feita pelo outro motor. Com o embandeiramento, a hélice fica de lado, dando mais estabilidade à aeronave.

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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) segue investigando o acidente, mas ainda não há um prazo para que os trabalhos sejam concluídos.

O avião tentou fazer um pouso de emergência na pista da avenida Marquês de São Vicente, uma das mais importantes da zona oeste da capital paulista, mas não conseguiu. Ele avançou sobre a pista, foi arrancando placas e árvores e bateu na traseira de um ônibus até explodir. Duas pessoas morreram e ao menos seis ficaram feridas.

Velório das vítimas

O advogado Márcio Louzada Carpena, 49 anos, dono do avião, e o piloto Gustavo Carneiro Medeiros, 44, foram velados em Porto Alegre (RS) na manhã deste domingo (9). Os corpos de ambos foram liberados do Instituto Médico Legal (IML) no sábado (8).

Gustavo nasceu na capital gaúcha e era formado em Ciências Aeronáuticas e Administração de Empresas. Ele atuou dez anos na companhia aérea Azul antes de se dedicar ao serviço privado. O piloto deixa um filho de 15 anos, do primeiro casamento, e a atual esposa grávida de uma menina.

Já Márcio Carpena era dono de um escritório de advocacia e dava aulas na Faculdade de Direito da PUC do Rio Grande do Sul e na Escola da Magistratura (Ajuris). Ele havia adquirido a aeronave em dezembro. A primeira viagem aérea com a família teve como destino o Uruguai. Márcio era pai de três filhos.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.