O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpriu, na manhã desta quarta-feira (18),
Os homens apontados como os assassinos de Falcon são: o presidente da Mocidade Independente de Padre Miguel, Flávio da Silva Santos, chamado de Flávio Mocidade, e o 3º sargento da PM, Fábio da Silva Cavalcante, o Cabelo. Ambos são ligados ao bicheiro
Quem era Marcos Falcon?
Marcos Falcon era subtentente da Polícia Militar do Rio e havia pedido licença da corporação para se candidatar ao cargo de vereador do Rio de Janeiro. Ele iria disputar a eleição pelo Partido Progressitas (PP).
O policial foi assassinado em seu comitê de campanha, em Madureira, na Zona Norte do Rio, no dia 26 de setembro de 2016. O corpo foi encontrado com vários tiros de fuzil e a polícia começou, na época, a investigar seu assassinato.
Leia mais:
Jogo do bicho: Justiça aceita denúncia contra ‘gêmea famosa’ de ‘Vale o Escrito’, da TV Globo Jogador do Flamengo aluga ‘casa de vidro’ de bicheiro famoso por série da Globo Saiba quem é Rogério Andrade, contraventor preso pela morte do rival, Fernando
Falcon era casado com a porta-bandeira da Beija-Flor, Selminha Sorriso, e foi eleito presidente da Portela em maio de 2016, meses antes de seu assassinato.
Em abril de 2011, ele chegou a ser expulso da PM, mas foi inocentado das acusações por falta de provas, em 2013. Assim, ele foi reintegrado à corporação.
Briga com Rogério de Andrade
De acordo com o MP, as investigações apontam alguns conflitos entre Marcos Falcon e Rogério de Andrade, como a rivalidade entre as escolas de samba representadas por cada um: Falcone era o presidente da Portela e Rogério de Andrade é o patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, ou seja, um dos principais financiadores da escola.
Além da disputa no Carnaval, os dois tinham uma rivalidade no mundo do crime: em 2016, Geraldo Antônio Pereira, amigo próximo de Falcon e inimigo de Rogério de Andrade, foi assassinado; Falcon também é apontado como suspeito de participar de um atentado a bomba que matou um dos filhos de Rogério.
A ligação entre os alvos e Rogério é demostrada na representação do MP à Justiça. De acordo com os promotores de Justiça, “um dos alvos da operação, braço direito de Rogério de Andrade, possuía ao menos duas fotos do corpo de Marcos Falcon, feitas logo após o seu assassinato. Outra imagem armazenada pelo investigado era de uma urna eletrônica, exibindo o número de campanha e a foto da vítima, já morta quando ocorreram as eleições”.
*Com informações de Agência Brasil