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"É a questão 102 da prova amarela e 100 da prova cinza”, explica Bruno Phillip, professor de física da Rede Chromos de Ensino. O enunciado pede que o aluno calcule a eficiência energética de uma cafeteira. “Da forma que a questão apresentou os dados de funcionamento da cafeteira, essa questão fica equivocada”, defende Bruno. “Para funcionar da forma que a questão colocou, a cafeteira teria que ter uma eficiência acima de 100%, e isso é impossível na física”. É por esse motivo que a equipe do Chromos espera que a questão seja anulada.
Professores de outras instituições têm a mesma posição. Madson Molina, do Curso Anglo, explicou a questão ao Estadão Conteúdo:
“A equipe de Física do Curso Anglo identificou que na questão 124 da prova da cor verde do Enem, existe uma falha que é uma falha conceitual. Então, quando você calcula a potência da cafeteira com os dados do enunciado, a gente encontra um valor de 933 watts. Esse valor é acima da potência total fornecida pelo enunciado da cafeteira de 700 watts. Em suma, a questão ela propõe uma máquina cuja potência total é de 700 watts e quando a gente calcula a potência útil de 933 watts é maior do que a potência total, o que fisicamente é impossível”, disse o professor de física do Curso Anglo, Madson Molina.
É a mesma visão de Bruno Sá, professor de Física do Elite Rede de Ensino. Ele avalia que essa questão tem grandes chances de ser anulada, por má formulação do enunciado. "É colocado que a a cafeteira ferve totalmente os 0,5L de água. Isso dá uma dupla abordagem: considerando que a quantidade de água sofreu apenas mudança de temperatura, chegando à 100 °C, teríamos somente o calor sensível envolvido, encontrando o aproveitamento de 75%. Contudo, a potência da cafeteira (933 W aproximadamente) acaba possuindo um valor maior que a potência total/nominal fornecida (700 W), o que vai contrário aos conceitos físicos”, avalia.
Gabarito
A Itatiaia e o Chromos divulgaram o
Mais cedo, o Ministro da Educação anunciou que o
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