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HIV em transplantes no RJ: laboratório receberia mais de R$ 11 milhões do governo estadual neste ano

No total, seis pessoas que receberam órgãos foram infectadas com o vírus da Aids

Fachada do PCS Lab Saleme, em Nova Iguaçu

O laboratório PCS Lab Saleme, apontado como responsável pela infecção por HIV em seis transplantados no Rio de Janeiro, receberia quase R$ 11,5 em 2024 do governo estadual por serviços de “análise clínica e anatomia patológica”, revela o portal de notícias Uol.

O acordo entre a administração pública e a empresa, que estava firmado até dezembro deste ano, foi rompido após o caso vir à tona na manhã da sexta-feira (11 de outubro). Ainda segundo o Uol, os testes feitos pelo PCS Lab Salem nos doadores dos órgãos deram negativo, porém o Hemorio detectou que as pessoas que receberam o transplante estão infectadas com HIV.

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O laboratório foi interditado pela Anvisa e, com isso, todos os exames em doadores passaram a ser responsabilidade do Hemorio. Foi a primeira vez que ocorreram casos de infecção por HIV em transplantes de órgãos no Brasil. O escândalo foi revelado após uma pessoa que havia recebido um coração há nove meses passar mal nos últimos dias e procurar um hospital público apresentando sintomas neurológicos.

Uma sindicância foi instaurada pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro para que os responsáveis pela infecção sejam identificados e, posteriormente, punidos. “A Secretaria de Estado de Saúde considera o caso inadmissível. Esta é uma situação sem precedentes. O serviço de transplantes no estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas”, disse a pasta em nota enviada ao Uol.


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Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.