A primeira fase da 19ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) aconteceu nessa terça-feira (4) e foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nos últimos dias. Isso, porque não foram os cálculos elaborados que complicaram a vida dos estudantes, mas, sim, uma questão sobre qual flor, Ana, a personagem da questão, iria ganhar.
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À Itatiaia, Breno Pires, Coordenador Pedagógico do Pré-vestibular Bernoulli, explicou que a OBMEP é uma prova que, além da matemática, cobra o raciocínio lógico dos alunos. Com isso, o fato de muitas escolas não incluírem esse conteúdo na grade curricular, faz com que alguns estudantes se sintam despreparados para resolver algumas questões. “Existe a lenda de que raciocínio lógico, ou pessoa tem, ou ela não tem, e isso faz com que muitas escolas deixem de trabalhar esse conteúdo em suas matrizes. O que acaba gerando esse despreparo e ansiedade entre os alunos”, esclarece.
Se não vale ponto no boletim, por que fazer a OBMEP?
Conforme o professor, as provas da OBMEP trazem muitos benefícios aos alunos de escolas públicas e particulares do Brasil. O primeiro ganho apontado por Pires é o pedagógico, porque como a prova possui um nível mais elevado de conhecimento, muitos estudantes optam por concentrarem nos estudos de matemática e acabam aprendendo outros conteúdos que, às vezes, ainda não foram abordados pelas instituições.
A segunda vantagem apontada pelo professor é que os estudantes passam a entender melhor qual o nível de conhecimento matemático possuem em comparação a outras esferas além das escolares. “Às vezes o aluno tem o costume de ter um desempenho muito alto em matemática na escola, mas quando participa da OBMEP percebe que está em um nível mediano comparado com o resto do Brasil”, explica. Pare ele, essa consciência é importante para os estudantes saberem no que melhorar, caso a matemática seja um foco importante para eles.
Entrada em universidades
Um ponto que não é muito conhecido sobre a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, é que alunos medalhistas podem se candidatar a vagas em universidades utilizando o mérito obtido na prova. “Diversas universidades brasileiras aceitam alunos que tenham sido medalhistas na OBMEP sem que eles necessitem fazer processos seletivos como o Enem. Claro, que, nesse caso, as vagas vão ser direcionadas para cursos de exatas”, esclarece.
Escolas particulares na OBMEP
Apesar do nome do concurso ser Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, instituições particulares também podem inscrever os alunos na competição. Contudo, os estudantes de escolas particulares somente poderão concorrer entre si, a mesma regra é aplicada para estudantes de escolas públicas.
No caso das instituições particulares, elas têm que pagar uma taxa referente a quantidade de alunos inscritos. E, na segunda fase, há um limite de estudantes que podem ser qualificados. Essas regras não se aplicam a escolas públicas.
