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Chuvas no RS: Mãe de bebês gêmeas procura por uma das filhas após barco virar durante resgate

A pequena Agnes tem sete meses e está desaparecida desde a noite de sábado (4); mãe recebeu a informação que bebê estaria internada em um hospital de Porto Alegre

Agnes, de sete meses, desapareceu na noite de sábado (4), em Canoas (RS)

Uma mãe procura incessantemente por uma bebê que desapareceu após a família ser resgatada em Canoas, no Rio Grande do Sul. Gabrielli Silva, de 24 anos, é mãe das gêmeas Agnes e Ágata, de sete meses, além de outras duas crianças. Na noite do último sábado (4), a casa da família inundou e todos foram resgatados de barco. Porém, a embarcação virou e todos caíram na água. Desde então, Agnes não foi mais vista.

Nas redes sociais, Gabrielli pede ajuda para encontrar a filha. “O mais agoniante é não saber onde você está e com quem está, meu amor. Mamãe está correndo, mas [faz] buscas incansáveis por você, minha miss simpatia”, escreveu a mãe da bebê.

Nesta manhã, Gabrielli disse que recebeu uma informação de que a filha estaria internada em um hospital da capital gaúcha. “Peço que mobilizem a quem for procurar em hospitais de Porto Alegre e até mesmo fora, onde quer que seja, até achar a minha menininha. Estou desesperada sem saber da minha filha desde o dia 4. Me ajudem. Que o meu presente de Dia das Mães seja a Agnes no meu colo”, publicou.

A mãe divulgou fotos da bebê desaparecida nas redes sociais

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Segundo a mãe de Agnes, a bebê estava com um moletom rosa, com corações brancos, e um casaquinho colorido (rosa, azul e amarelo) por cima quando desapareceu. “Mamãe está com a sensação que vai te encontrar já já. Eu só paro com você no colo! Mamãe está correndo contra o tempo para te achar”, desabafou.

Em entrevista à Revista Crescer, Gabrielli contou que a outra gêmea, a bebê Ágata, se afogou depois que o barco virou. A menininha chegou a ter três paradas cardiorrespiratórias, mas foi reanimada por agentes do Corpo de Bombeiros. Ágata está internada no Hospital Universitário da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil). A família está abrigada no campus da mesma instituição.

No momento do resgate, Gabrielli disse que chegou a gritar dizendo que eram duas bebês. Porém, com o desespero e por estar de noite, e sem luz, Agnes acabou não sendo resgatada. Ainda não se sabe o que aconteceu com a criança.

Temporal no RS

O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em centenas de cidades. Segundo a Defesa Civil, as fortes chuvas que atingem o estado gaúcho, desde segunda-feira (29), já afetaram quase 1,5 milhão de pessoas. De acordo com os dados mais atualizados, são 107 mortos, 136 desaparecidos e mais de 160 mil desalojados.

A Marinha do Brasil enviou equipes, embarcações, aeronaves e viaturas para ajudar no resgate. A Força Aérea Brasileira enviou dois helicópteros para resgatar vítimas em cidades isoladas por causa das interdições nas rodovias, como Candelária, por exemplo.

Como ajudar?

Segundo as autoridades, desabrigados e desalojados que foram acolhidos pela Defesa Civil precisam não só de alimentos, como também de colchões, roupas de cama e banho e também cobertores. Quem mora na região de Porto Alegre pode contribuir presencialmente no Centro Logístico da Defesa Civil Estadual (avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, Porto Alegre).

Além de receber doações de vários itens, as autoridades permitem a doação de qualquer tipo de valor em dinheiro. Para permitir a colaboração de pessoas de outras cidades e estados, o Governo do Estado criou uma chave Pix para receber doações. Quem quiser contribuir, pode fazer um Pix para o CNPJ 92958800000138.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.