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O levantamento considera apenas árvores com pelo menos 1,70 metro localizadas em vias públicas, como ruas, becos, vielas, escadarias e palafitas. Em 2022, o Brasil tinha 16,4 milhões de moradores em 12.348 favelas, dos quais 10,4 milhões viviam em trechos sem nenhuma árvore.
Em Belém, que recebeu a
Entre os moradores de favelas que têm árvores na via (35,4%), o IBGE identificou:
- 1 a 2 árvores: 17,8%
- 3 a 4 árvores: 7,1%
- 5 ou mais árvores: 10,5%
Fora das favelas, 33,5% dos moradores convivem com cinco ou mais árvores perto de casa. O levantamento mostra ainda que, quanto maior a favela, menor a chance de haver arborização: comunidades com até 250 moradores têm 45,9% de vias arborizadas; entre as que superam 10 mil habitantes, o índice cai para 31,8%.
Entre as 20 maiores favelas do país, Rio das Pedras, no Rio de Janeiro, registra a pior situação: só 3,5% dos quase 56 mil moradores têm árvore na frente de casa. No Sol Nascente, no Distrito Federal, a segunda maior favela do Brasil, o cenário é oposto — 70,7% dos moradores vivem em vias com árvores.
O Censo também investigou a presença de bueiros, essenciais para o escoamento de água das chuvas: eles estão presentes em trechos onde vivem 45,4% dos moradores de favelas, contra 61,8% fora delas. Nas menores comunidades, 38% têm bueiro próximo; nas maiores, o índice chega a 54,1%.
Os dados mostram que milhões de brasileiros seguem expostos a condições urbanas desiguais, com impacto direto no conforto térmico, na drenagem e na qualidade de vida.
* Informações com Agência Brasil