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Chuvas no RS: campanha por doações traz Cascão enfrentando medo de água para ajudar vítimas

Personagem já havia sido retratado ajudando vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul em 1983; temporais já deixaram 90 mortos, mais de 150 mil desalojados e 1,4 milhão de pessoas afetadas

Perfil da ‘Turma da Mônica’ publicou a comparação nas redes sociais

Conhecido por ter pavor de água, o personagem Cascão enfrentou seu maior medo para ajudar as vítimas das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. A ilustração faz parte de uma campanha para arrecadar doações, compartilhada no perfil oficial da “Turma da Mônica”.

“Em uma catástrofe como essa, toda ajuda é bem-vinda e até o Cascão sabe disso. Juntos, pelo Rio Grande do Sul!”, escreveu o perfil. Nas imagens, a Turma da Mônica relembra a primeira vez que o personagem foi retratado dentro da água ajudando pessoas em meio à um alagamento. Em 1983, Cascão também enfrentou o medo para ajudar a população do estado gaúcho.

“A 1ª vez que o Cascão entrou na água foi em 1983 para ajudar vítimas das enchentes na região sul do país. Hoje ele volta à água para ajudar novamente”, diz a publicação. A mensagem é seguida de um incentivo a doações para os atingidos.

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Temporal no RS

As regiões mais afetadas pelas chuvas no RS são: Central, Vale do Rio Pardo, Metropolitana, Serra Gaúcha e Vale do Taquari. Quase 1 milhão de pessoas estão sem água e 424 mil sem luz.

O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em 336 cidades. Segundo a Defesa Civil, as fortes chuvas que atingem o estado gaúcho, desde segunda-feira (29), já afetaram mais de 1,4 milhão de pessoas. De acordo com os dados mais atualizados, são 90 mortos, 131 desaparecidos, 362 feridos e 156.056 desalojados.

A Marinha do Brasil enviou equipes, embarcações, aeronaves e viaturas para ajudar no resgate. A Força Aérea Brasileira enviou dois helicópteros para resgatar vítimas em cidades isoladas por causa das interdições nas rodovias, como Candelária, por exemplo.

Como ajudar?

Segundo as autoridades, desabrigados e desalojados que foram acolhidos pela Defesa Civil precisam não só de alimentos, como também de colchões, roupas de cama e banho e também cobertores. Quem mora na região de Porto Alegre pode contribuir presencialmente no Centro Logístico da Defesa Civil Estadual (avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, Porto Alegre).

Além de receber doações de vários itens, as autoridades permitem a doação de qualquer tipo de valor em dinheiro. Para permitir a colaboração de pessoas de outras cidades e estados, o Governo do Estado criou uma chave Pix para receber doações. Quem quiser contribuir, pode fazer um Pix para o CNPJ 92958800000138.

Além do órgão, outras instituições criaram campanhas de doações, como a Central Única das Favelas (CUFA), os Correios, a Cruz Vermelha, o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e o Servas BH.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.