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'É o pior desastre da história do Rio Grande do Sul’, diz Eduardo Leite sobre chuvas

Segundo o governador, o acumulado de chuvas pode chegar a 1.000 mm em algumas cidades do estado; oito mil pessoas já foram resgatadas pelas forças de segurança nacionais e estaduais

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), classificou as chuvas que atingem o estado como “o pior desastre já registrado na historia do Rio Grande do Sul e, talvez, um dos maiores da história recente do país”. Já são 39 mortos, 68 desaparecidos e 24.080 desalojados. Ao todo, são mais de 350 mil pessoas atingidas em 265 municípios.

Segundo Leite, o acumulado de chuvas pode chegar a 1.000 mm em algumas cidades do estado, que sofre com chuvas fortes initerruptamente desde segunda-feira (29). Para salvar a população, o governador afirma que há 18 aeronaves empenhadas nas operações de resgate. Até o momento, as forças de segurança estaduais e nacionais já resgataram oito mil pessoas.

Com o tempo mais firme nos próximos dias, a Defesa Civil Estadual garante que vai conseguir resgatar mais pessoas. “Temos a perspectiva de termos condições melhores amanhã, que vão nos permitir resgatar o maior número de pessoas nas próximas horas. As pessoas já estão no limite. Provavelmente nós temos pessoas que estão a 72 horas ou mais sem acesso a alimentação e água”, disse o Coronel Boeira, Coordenador Estadual da Defesa Civil do RS.

Nível do rio Taquari deve baixar

O governador também afirmou que o volume do rio Taquari, que alcançou 30 metros, a maior marca da história, está começando a baixar. “Há expectativa de diminuição e que ele não volte a subir, mas ainda requer atenção”, alertou.

Apesar da expectativa de diminuição, a região do Vale do Taquari ainda segue sob risco extremo de inundações e deslizamentos de terra. Segundo a previsão do tempo, a chuva passará a ficar mais concentrada na região norte do estado. Por isso, a bacia do rio Uruguai está sob alerta da Defesa Civil. Há previsão de elevação do nível dos rios nas cidades de Alegrete, Itaqui e São Borja.

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Chuvas em Porto Alegre

Além dos municípios ao longo do rio Uruguai, Leite elenca outros pontos de atenção em Porto Alegre: áreas próximas ao rio Guaíba, área central e 4º distrito até o Aeroporto Salgado Filho.

Ainda sobre a situação na capital gaúcha, o governador falou sobre o risco de uma inundação ainda maior. Segundo ele, a força da água pode romper as estruturas que impedem que a cidade seja inundada.

Barragem rompida é monitorada

A barragem 14 de julho, entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, rompeu parcialmente na tarde de quinta-feira (2). Segundo o governador, as forças de segurança estão fazendo um esforço para conseguirem levar técnicos até a barragem.

A ideia é que eles abram comportas para diminuir pressão da água sobre a estrutura da barragem. Leite diz que é necessário evitar que o restante da barragem se rompa. “A manutenção da integridade dela é estratégica”, afirmou.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.