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Sobrinha de ‘tio Paulo’ se emociona ao deixar presídio no Rio de Janeiro

Érika de Souza Vieira Nunes passou 16 dias presa no Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira, em Bangu; mulher foi denunciada pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver

Érika de Souza Vieira Nunes, mulher que levou o tio já morto em uma cadeira de rodas para sacar um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária no Rio de Janeiro, deixou o Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira, em Bangu, na zona Oeste do Rio, na tarde desta quinta-feira (2), após passar 16 dias presa. Também nesta quinta, ela foi denunciada pelo Ministério Público pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver (relembre o caso no fim da matéria).

A sobrinha do ‘tio Paulo’ foi recepcionada por vários familiares e chorou ao abraçá-los. A saída dela do presídio foi acompanhada por populares e também pela imprensa. Na decisão que determinou a soltura de Érika, a juíza Luciana Mocco destacou que a investigada é ré primária, tem residência fixa e é portadora de saúde mental debilitada, já tendo, inclusive, sido internada por quadro de dependência química de sedativos e hipnóticos, além de ter uma filha menor de idade portadora deficiência.

Horas antes, o Ministério Público apresentou uma denúncia contra Érika pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. A denúncia destaca que, embora o empréstimo tenha sido contratado por Paulo, quando ele ainda se encontrava vivo, o saque de R$ 17.975,38 não poderia mais ser realizado, visto que, no momento da prisão em flagrante da denunciada, a vítima já tinha falecido. A ação penal destaca, ainda, que a denunciada, mediante a fraude, tentou se apropriar de valores que não seriam mais utilizados em favor de seu tio, o que ocasionaria prejuízo à instituição financeira que concedeu o empréstimo, uma vez que não seria mais quitado pelo devedor, já falecido.

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‘Tio Paulo’

Uma mulher foi detida no dia 16 de abril em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, após levar um cadáver em uma cadeira de rodas para tentar retirar um empréstimo no valor de R$ 17 mil em uma agência bancária.

A ação de Érika de Souza Vieira Nunes foi flagrada por funcionários do banco, que suspeitaram da atitude da mulher. A polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência também foram acionados, e foi constatado que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto.

Segundo Fábio Luiz, delegado responsável pelo caso, o homem já estava morto há algumas horas. A defesa de Érika, no entanto, nega e afirma que o idoso começou a passar mal dentro do banco.


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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.
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