O motorista de aplicativo que transportou Érika Nunes e o tio dela, o idoso Paulo Roberto Braga, a uma agência bancária em Bangu, no Rio de Janeiro, disse em depoimento nesta quarta-feira (17) que ‘tio Paulo’ estava ativo durante o trajeto. Érika foi presa após usar o corpo do tio morto para tentar pegar um empréstimo de R$ 17 mil.
O motorista disse aos investigadores que trabalha perto da casa de Paulo e Érika, mas que não sabe muito sobre a vida íntima da família. Ele afirmou que sabia que o idoso tinha sido internado e que, na quarta-feira (16), foi abordado por Érika para levá-la junto com o tio para a agência bancária. A mulher teria pedido ajuda para tirar o tio da cama e colocá-lo dentro do carro.
Ainda segundo o motorista, Paulo viajou sentado no banco dianteiro do carro e esteve ‘ativo’ durante o trajeto. Ele disse ter percebido que o idoso estava respirando e afirmou que ‘tio Paulo’ tinha forças nas mãos, tendo inclusive segurado a porta do carro. Porém, o vídeo gravado pela câmera de segurança do estacionamento mostra o idoso sendo retirado do carro imóvel e com a cabeça pendendo para um dos lados.
Outros familiares de Paulo devem ser ouvidos nos próximos dias. A Polícia Civil também apura qual o grau exato de parentesco de Érika, que se apresentou como sobrinha e cuidadora do idoso.
‘Tio Paulo’
Uma mulher foi detida nessa terça-feira (16) em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, após
A ação de Érika de Souza Vieira Nunes foi flagrada por funcionários do banco, que suspeitaram da atitude da mulher. A polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência também foram acionados, e foi constatado que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto.
Segundo Fábio Luiz, delegado responsável pelo caso, o homem já estava morto há algumas horas. A defesa de Érika, no entanto, nega e afirma que o idoso começou a passar mal dentro do banco.
Ela ficou detida durante toda a madrugada dessa quarta-feira (17) na 34ª DP em Bangu, e deve passar por audiência de custódia. Ela pode responder por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver, sem direito a fiança.