A missionária e ex-passista Maria Mercedes Chaves Roy, conhecida como Maria Lata d'Água, morreu aos 90 anos na sexta-feira (23), em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo.
Ela estava internada em um hospital da cidade e morreu devido a “complicações próprias da idade”, segundo a Canção Nova, comunidade católica da qual ela fazia parte.
A ex-passista nasceu em Minas Gerais e se mudou para o Rio de Janeiro ainda na infância, aos 11 anos. Maria Lata d'Água foi uma importante passista do Carnaval carioca.
Por 45 anos, a missionária desfilou na Sapucaí pelas escolas de samba Salgueiro, Portela, Estácio de Sá, Padre Miguel e Beija-Flor.
Maria Mercedes ganhou o apelido de Maria Lata d'Água aos 18 anos, quando desfilou pela primeira vez. A ex-passista sambou com uma lata cheia de água, de 20 litros, sobre a cabeça.
“Na avenida, saía dançando apenas nas pontas dos dedos. Ajoelhava e sentava no chão, esticava as pernas, sentava nos pés, como uma bailarina, equilibrando a lata apenas com o pescoço. Não deixava cair nenhuma gota de água para fora!”, disse ela em entrevista à Canção Nova.
Maria Lata d'Água também foi inspiração para a marchinha “Lata d’água na cabeça”, composta por Luís Antônio e Jota Júnior em 1952.
Conversão para o catolicismo e a vida missionária
Em 1990, Maria Lata d'Água ouviu “um chamado de Deus”, durante o Retiro de Água Viva, na arena do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
“Lá, dei meu primeiro testemunho, e Deus me chamou naquele momento. Abandonei tudo, não saio mais no carnaval. Eu me senti tocada pelo amor e vim para a Canção Nova fazer o caminho”, disse ela à Canção Nova Notícias em 2018.
Aos 70 anos, em 2004, a ex-passista tornou-se missionária da Canção Nova e passou a viver em Cachoeira Paulista (SP).
Canção Nova e Portela lamentam a morte de Maria Lata d'Água
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