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Justiça converte prisão, e PM que matou mulher ficará preso por tempo indeterminado

Crime aconteceu no domingo (3), na Zona Norte de São Paulo

Thiago César e Erika Satelis, em foto de acervo pessoal

A Justiça converteu a prisão em flagrante do policial militar Thiago Cesar de Lima, que matou a mulher a tiros em São Paulo, no domingo (3), para preventiva. Com isso, ele ficará preso por tempo indeterminado. A vítima Erika Satelis Ferreira de Lima, de 33 anos, que era casada com ele há seis meses, foi sepultada na segunda-feira (4).

Segundo a polícia, o soldado, de 36 anos, foi preso depois de dar vários socos no rosto da mulher e atirar nela na rua, em Perus, na Zona Norte da capital paulista. À polícia, o homem disse que a mulher quis retirar a arma dele e que, por isso, atirou para alto como advertência e depois disparou nela.

Porém, imagens que flagraram o crime e estão sendo usadas pela Polícia Civil na investigação desmentem a versão do PM. Pelas imagens, a mulher desce do carro, vai até a parte de trás onde está o marido e tenta tirá-lo do veículo. Ele sai do carro e começa uma discussão. Na sequência, ele dá vários socos na mulher e depois atira.

O policial chega a entrar no carro e sair do local, mas volta e arrasta a mulher até o veículo. O soldado levou a vítima para um pronto-socorro da região, onde a morte dela foi confirmada. Ela deixou duas filhas de um relacionamento anterior.

Segundo a polícia, o soldado foi indiciado por feminicídio. Em outubro deste ano, ela havia registrado uma boletim contra ele por ameaça, mas não chegou a representar o crime ou pedir medida protetiva.

Jornalista há 15 anos, com experiência em impresso, online, rádio, TV e assessoria de comunicação. É repórter da Itatiaia em São Paulo.