Com a chegada do fim do ano, muitas empresas pagam um benefício chamado PLR (sigla que significa Participação nos Lucros ou Resultados). O valor consiste no repasse de parte dos lucros da companhia para os empregados, já que são eles os responsáveis por ajudarem o negócio a alcançar os resultados e metas previstas para o ano.
Normalmente, a PLR é paga no fim do ano, mas o profissional pode receber o benefício em datas pré-determinadas ou quando as metas da empresa são alcançadas. O que decide quando e quanto será pago é a convenção ou o acordo coletivo realizado entre a empresa e os empregados, ou entre as empresas e o sindicato do setor.
O advogado trabalhista Rodrigo Bedran explica que os empregadores não são obrigados a pagar o benefício, mas ele pode ser um grande aliado para motivar os funcionários. “A PLR apesar de não ser obrigatória vem sendo cada vez mais utilizada. Muitas empresas pagam porque o benefício gera um resultado muito positivo, na medida em que valoriza o empregado. Isso faz com que o funcionário produza mais e sinta que o trabalho dele tá sendo reconhecido”, comenta.
Quem pode receber o benefício?
Caso a empresa tenha o benefício, Bedran esclarece que todos os empregados devem receber a PLR. A quantia pode ser dividida em até duas parcelas e não impacta outros direitos trabalhistas. Ou seja, no mês em que se recebe o benefício, o salário e o 13°, por exemplo, devem ser pagos normalmente. A PLR é apenas um adicional.
Uma outra vantagem da PLR é que a empresa não precisa recolher o INSS do montante. “Este benefício é isento de contribuição previdenciária. Apenas o imposto de renda é recolhido. Para as empresas que optem pelo lucro real, a pessoa jurídica pode deduzir (o valor pago aos funcionários) como despesa operacional”, explica o advogado trabalhista.
