Mais de 700 seguranças desarmados começam, nesta semana, a trabalhar na vigilância de escolas estaduais do Estado de São Paulo. O projeto do governo estadual, anunciado em abril após um ataque a uma escola na Zona Sul da capital paulista, pretende ter mil vigilantes em escolas.
Segundo o governo, até a sexta-feira (27), serão 774 vigilantes contratados por uma empresa privada em atividade em escolas de todo o Estado. Na região administrativa do ABC, o trabalho começou na segunda-feira (23). A licitação segue em andamento para a contratação de outros 226 profissionais.
O programa pretende atender escolas de todo o Estado, em especial aquelas em áreas de vulnerabilidade. Será um vigilante por escola, informou o governo. Os seguranças atuarão dentro das unidades escolares, em uma jornada de 44 horas semanais. Além dos seguranças, 550 psicólogos foram contratados.
Em abril, uma professora foi morta e outras quatro pessoas ficaram feridas em um ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro. Na segunda-feira (23), um novo episódio foi registrado, desta vez na Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste da capital paulista. Um aluno matou uma estudante e outros três ficaram feridos.
De acordo com o governo, os seguranças representam investimento de R$ 70 milhões. Os profissionais serão alocados em regiões definidas pela Secretaria de Estadual de Educação de São Paulo (Seduc), em parceria com a equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP).
As empresas vencedoras de licitação devem contratar seguranças homens e mulheres com formação profissionalizante na área. Outra regra imposta pela secretaria é que as empresas tenham consultado os antecedentes criminais dos trabalhadores antes da contratação.