Um jovem de 16 foi detido na manhã desta segunda-feira (23) suspeito por um ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, em São Paulo. O estudante
Segundo informações dos alunos, o suspeito era gay e era alvo de bullying por parte dos colegas, ele já teria, inclusive ameaçado atacar os colegas. Nesta manhã, ele invadiu a escola com uma
A psicóloga clínica, Dra. Maíra Barroso Léo, afirma que esses tipos de caso não podem ser reduzidos ‘somente’ ao bullying e que, mesmo diante do grande sofrimento causado pela ação, atribuir essas passagens exclusivamente ao bullying seria ‘ingênuo e reducionista’.
"É importante ver esse tipo de ocorrência de forma multideterminada. Conhecer a história por trás dessa violência sofrida, quem foram os agressores ou agentes provocadores, quem é a família do adolescente, quem participa da educação, orientação e formação, histórico de saúde mental e antecedentes psiquiátricos na família”, explica.
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A especialista ressalta que uma série de eventos podem ter influência para desencadear um ato como o visto nesta segunda-feira (23). Diante disso, ela afirma que a conversa aberta entre pais e filhos, somado com a busca de um profissional especializado, podem ser determinantes para proteger a vida dos jovens.
“Que conversem abertamente, sem tabu, com seus filhos, explicando sobre o que é sofrer violência e o que é cometer violência psicológica contra o outro, as consequências do outro, da própria vida e monitorar o comportamento e as ações dos filhos. Não existe outra forma de prevenir além do conhecimento, das escolas abordarem o tema, acompanharem os comportamentos que possam ter como desfecho tragédias como essa”, completa.