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Travesti é investigada por agredir e escravizar sexualmente oito mulheres trans em Goiás

Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) aceitou a denuncia do Ministério Público; ré agredia vítimas com tacos de beisebol

Juliana Ribeiro foi presa preventivamente na última terça-feira

Uma travesti é acusada de agredir, ameaçar e obrigar oito transexuais a se prostituírem em Goiás. O caso começou a ser investigado em maio, após a polícia resgatar as vítimas do cárcere privado na cidade de Valparaíso de Goiás, próxima ao Distrito Federal. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) recebeu a denúncia do Ministério Público, mas o caso corre em segredo de justiça.

Segundo a Polícia Civil, a travesti Juliana Ribeiro foi indiciada por extorsão qualificada e pelo crime de coação. A ré explorava sexualmente diversas garotas de programa que trabalhavam no “ponto” de prostituição dela. As vítimas eram constantemente ameaçadas física e psicologicamente, além de serem ameaçadas de morte.

Vítimas eram agredidas com socos, facas e tacos de beisebol

As garotas de programa contam que eram abordadas pela suspeita em outros estados com a promessa de uma vida melhor. A investigada oferecia casa e abrigo para as vítimas. Mas, assim que elas chegavam à Valparaíso, tudo mudava. Juliana recolhia os documentos das garotas e as mantinha em cárcere privado, em regime análogo à escravidão.

Quando tentavam sair, as vítimas levavam socos, facadas e puxões de cabelo. Elas também eram agredidas com um taco de beisebol.

Em 25 de maio, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no endereço ligada à suspeita, a policia encontrou uma trans menor de 18 anos, sete transexuais de diferentes partes do Brasil, além de documentos e tacos de beisebol.

Nessa terça-feira (25), Juliana foi presa preventivamente. A travesti está detida no presídio de Anápolis (GO) à disposição da Justiça.

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