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Consulta pública sobre Novo Ensino Médio termina nesta quinta-feira (6)

Sugestões enviadas servirão como base para mudanças a serem realizadas na reforma

O MEC tem 30 dias para produzir um relatório com base nas sugestões dadas na consulta pública

A consulta pública lançada pelo Ministério da Educação (MEC) para coletar opinião de alunos, professores, gestores e entidades da educação sobre o Novo Ensino Médio acaba nesta quinta-feira (6).

A abertura de espaço para opinião da população veio após fortes críticas de diversos setores da sociedade ao formato proposto para o currículo desse ciclo de ensino. O Novo Ensino Médio foi implementado no início de 2022, com várias mudanças em relação ao modelo anterior, entre elas, a diminuição da carga horária de currículo comum e obrigatório, a criação de itinerários formativos e a possibilidade de uso do ensino à distância.

Entre as principais críticas está a questão dos itinerários formativos. Disciplinas implementadas pelas escolas viralizaram na internet pela pouca relevância dentro o currículo pedagógico formal, como “brigadeiro caseiro”, “RPG, “o que rola por aí". Escolas alegam pouca estrutura e falta de equipe especializada para a implementação de oficinas e cursos mais robustos e pertinentes.

Nos últimos meses, houve reivindicação, por parte de alguns grupos e entidades, pela revogação da reforma. Contudo, a consulta pública, feita por meio de assembleias, webinars e formuláro online, visa coletar material para avaliar possíveis mudanças no projeto, sem revogá-lo.

O que acontece agora

O MEC tem, a partir do fim da consulta, 30 dias para produzir um relatório com base nas sugestões enviadas durante o processo.

Esse material servirá como base para as possíveis mudanças a serem realizadas. Essas alterações serão feitas por meio de portarias ou resoluções do Conselho Nacional de Educação.

Novo Ensino Médio

O Novo Ensino Médio está previsto em lei aprovada em 2017. Com o modelo, parte das aulas é comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos escolhem um itinerário para aprofundar o aprendizado. Entre as opções está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico.

(Com Agência Brasil)

Jornalista há 15 anos, com experiência em impresso, online, rádio e assessoria de comunicação