De acordo com o Censo Demográfico de 2022, divulgado nesta quarta-feira (28), o Brasil possui 203 milhões de habitantes. O número é dez milhões a menos do que o estimado anteriormente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O órgão acreditava que havia 213,3 milhões de brasileiros no país, conforme a expectativa mais recente. Mas por que a população “encolheu”? Todos os anos, o IBGE calcula uma estimativa da população dos municípios. As projeções servem de referência para que o Governo Federal repasse a quantidade adequada de verbas para os municípios, de acordo com o tamanho da população.
Porém, a informação de que 213,3 milhões era apenas uma estimativa. O último censo, realizado em 2010, verificou que a população do país era de 190,7 milhões de habitantes. Na época, o Censo 2010 apontou uma taxa de crescimento populacional de 1,17%. Assim, as projeções para os anos seguintes seguiram essa expectativa, o que fez com que elas se equivocarem.
O Censo 2022 revelou que o número de habitantes cresceu menos do que o esperado. A taxa de crescimento populacional ficou em torno de 0,52%, menos da metade da inicialmente estimada em 2010.
A partir de agora, o dado oficial é levantado pelo Censo 2022 - de 203 milhões de habitantes. Agora, as estimativas anuais entre 2011 e 2021 serão revistas. Além dos números nacionais, alguns municípios também tiveram a população estimada diferente da real.
As cinco cidades que mais ‘perderam’ habitantes:
Santana do Araguaia (PA) - 75.995 (estimativa de 2021) para 32.413 (Censo 2022)
Ipixuna do Pará (PA) - 67.170 para 30.329
São Félix do Xingu (PA) - 135.732 para 65.418
Catarina (CE) - 21.041 para 10.243
Manaquiri (AM) - 33.981 para 17.107
As cinco cidades que mais ‘ganharam’ habitantes:
Japurá (AM) - 1.755 (2021) para 8.858 (2022)
Jacareacanga (PA) - 6.952 para 24.042
Severiano Melo (RN) - 1.743 para 5.487
Maetinga (BA) - 2.386 para 6.973
Campos Verdes (GO) - 1.526 para 4.005