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Julgamento dos 3 acusados de matar e queimar família em Santo André será retomado nesta terça (13)

Os outros dois réus destituíram advogada e serão julgados em agosto

Família foi morta em 2020

Depois de três anos, o julgamento dos acusados de matar e queimar uma família na cidade Santo André, em 2020, foi retomado nessa segunda (12). Foram ouvidos os réus Anaflávia Martins Gonçalves, filha do casal, Carina Ramos de Abreu, que na época era namorada de Anaflávia, e Guilherme Ramos da Silva, vizinho de Carina.

Também foram ouvidas três testemunhas: o delegado responsável pelo caso, a avó de Anaflávia e uma testemunha de defesa dela. Hoje (13), a sessão terá início com a fase de debates.

Os acusados respondem presos pelos assassinatos do casal de empresários Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, e Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40, e de seu filho, o estudante Juan Victor Gonçalves, de 15. O crime aconteceu em janeiro de 2020.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, os réus Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos, que são primos de Carina, destituíram a advogada antes do início do julgamento. O motivo não foi informado. Devido à destituição, o processo deles foi desmembrado e o julgamento, marcado para o dia 21 de agosto.

Em dois momentos da sua fala, a ré Anaflávia chegou a pedir desculpas à avó e, nesse momento, Vera Lúcia Chagas, mãe de Flaviana, uma das vítimas, se retirou da plenária.

O caso

Os vídeos de câmeras de segurança gravaram os cinco réus entrando e saindo da residência onde as três vítimas moravam, num condomínio fechado de casas em Santo André. O casal e o filho foram mortos no local em 27 de janeiro de 2020. Segundo a polícia o grupo teria elaborado um plano para assaltar a casa e roubar R$ 85 mil que supostamente estavam em um cofre. Quando perceberam que não havia dinheiro, decidiram roubar os itens de valor e depois assassinar a família.

As mortes ocorreram no andar superior da residência. O pai, a mãe e o filho de 15 anos morreram com golpes na cabeça. Ainda segundo a investigação, no dia seguinte, os corpos foram levados, no carro da família, a uma área de mata na cidade vizinha, São Bernardo do Campo. Quando a polícia encontrou o carro, os corpos estavam carbonizados.

Os investigados confessaram envolvimento no assalto e acabaram indiciados por quatro crimes: roubo, assassinato, ocultação de cadáver e associação criminosa. No entanto, em relatos durante a reconstituição do caso, eles divergiram sobre quem matou a família e colocou fogo no carro.