Nesta segunda-feira (25), uma
Além disso, na última sexta-feira (21), cerca de dez
Por se tratarem de procedimentos muito invasivos, é relativamente comum que cirurgias plásticas desenvolvam complicações e, por isso, uma série de atitudes devem ser tomadas por quem deseja passar por uma intervenção cirúrgica.
A primeira delas, segundo a
“Não ter as redes sociais como única fonte de pesquisa e não selecionar o médico por número de seguidores, já que sabemos que podem facilmente ser comprados. Conhecer alguém que já tenha operado com o profissional, procurar saber como foi o atendimento desde a consulta ao pós operatório, como foi esse acompanhamento, a disponibilidade e cuidados desse profissional e da sua equipe”, recomenda Luciana Pepino.
Preparação para a cirurgia
Depois de ter escolhido o profissional para realizar a cirurgia, é importante que o paciente informe ao cirurgião sobre todo o seu histórico médico. É importante não esquecer de contar todos os medicamentos, hormônios e suplementos usados, já que alguns podem interferir no procedimento e precisam ser suspensos.
“O tabagismo também tem uma grande influência no sistema circulatório e deve ser evitado de todas as formas, inclusive o narguilé. A alimentação também deve ter uma atenção especial. Alimentos de padrão pró inflamatório (embutidos, açúcar, álcool, trigo...) devem ser evitados para uma recuperação com menor edema e cicatrização mais tranquila”, explica a médica especialista em cirurgia plástica.
Além disso, o paciente deve ficar atento ao peso e à saúde antes da cirurgia. Segundo a médica Luciana Pepino, pacientes que estejam acima do peso ideal podem ter mais riscos de complicações, como seromas (acúmulo excessivo de líquido próximo à cicatriz cirúrgica), infecções, desistências (abertura de pontos) e embolia.
“Durante a consulta realizamos uma bioimpedância, que mostrará os níveis ideais de gordura e massa magra para cada paciente. Caso o paciente esteja fora dos padrões sugerimos o acompanhamento da nossa equipe de nutrologia e nutricionistas que preparam o paciente para operar em boas condições e menos risco”.
Luciana alerta, entretanto, que a realização de exames pré-operatórios pode reduzir o risco de complicações, mas não anulá-las completamente.
Cuidado no pós-operatório
Depois da cirurgia, é essencial que o paciente siga as orientações do médico, sendo um momento de muita atenção e repouso. Caso a pessoa perceba alterações no corpo e tenha sintomas não informados previamente pelo médico, é preciso informar ao profissional o mais rápido possível.
“O pós operatório deve ser um período de muita atenção e repouso de acordo com cada procedimento. A não atenção a estes cuidados implica no risco de complicações sérias. As drenagens linfáticas são recomendadas em alguns casos para redução do edema e controle dos processos cicatriciais. Toda cirurgia passa por fases de cicatrização e acomodação, isso não pode ser confundido com problemas”, a médica Luciana Pepino explica.
Segundo a cirurgiã plástica, é preciso ficar atento à alteração da coloração da pele, que pode indicar uma necrose. Caso a pele se torne arroxeada, de forma diferente dos hematomas, pode significar também uma congestão. A diferença entre as duas lesões deve ser identificada pelo médico cirurgião, que precisa ser comunicado nestes casos.
“Em casos de uma má evolução da vascularização existem vários tratamentos recomendados que vão de medicamentos tópicos, orais e câmara hiperbárica. A intervenção precoce e correta é determinante para a melhor evolução do caso. Alguns sinais merecem mais atenção como falta de ar, cansaço extremo, febre alta, dor intensa, vermelhidão local. O cirurgião deve ser notificado o quanto antes para instituir a melhor conduta”, conclui.