O músico, crítico e humorista Juca Chaves nos deixou, ontem (25) aos 84 anos, no hospital São Rafael, em Salvador (BA). A causa da morte não foi divulgada. Seu corpo será cremado às 16h, no Cemitério Bosque da Paz, na capital baiana.
Natural do Rio de Janeiro, há décadas Juca morava no bairro Itapoã em Salvador, com a família. Deixa a viúva Yara Chaves, com quem era casado desde 1975, e as filhas, Maria Morena e Maria Clara.
Jurandyr Czaczkes Chaves, seu nome de batismo, nasceu em 22 de outubro de 1938. Era formado em música clássica e começou a carreira profissional em 1955, na TV Tupi, em São Paulo.
Durante a ditadura militar, foi exilado e obrigado a viver seis anos no exterior, entre Portugal e Itália. Dono de um humor leve e ácido, ele é o autor de músicas de grande sucesso nacional como: A cúmplice, Menina, Que Saudade e Presidente Bossa Nova.
O menestrel maldito e a política
Apelidado por Vinícius de Moraes de “O Menestrel Maldito”, o músico foi candidato ao Senado pela Bahia em 2006, pelo PSDC, e usou da poesia e do humor para pedir votos. Não foi eleito, mas a campanha de versos marcantes divertiu os baianos. “Desta vez baiana gente, baiano de toda cor, o seu voto inteligente com justiça com amor, não será voto comprado, se tivermos no Senado, Juca Chaves senador”.
Em 2015, Juca voltou a ganhar destaque com uma sátira que falava sobre a situação política do Brasil e defendia a Operação Lava Jato.
Com 60 anos de carreira, diversos bordões e sucessos, ele lotou teatros por todo Brasil divertindo plateias. Antes das apresentações costuma convocar o público com uma de suas frases célebres: “vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar”.