O abastecimento de água está sendo retomado nas cidades atingidas por inundações e deslizamentos, no litoral norte de São Paulo, mas ainda há bairros sem água em Ilhabela e São Sebastião. No domingo (19), após as chuvas intensas, o abastecimento chegou a ser interrompido em Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, devido à entrada de terra, lama e detritos nas unidades de captação de água bruta.
De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), na tarde desta segunda-feira (20), a água voltou às torneiras na maioria das casas nas áreas urbanas dessas cidades. Em bairros mais afastados, como no sul de Ilhabela e nas praias de Boiçucanga e Maresias, em São Sebastião, as torneiras ainda estão secas.
Ter água na rede é fundamental para o trabalho de limpeza das casas e estabelecimentos comerciais atingidos pelas inundações. Nas regiões mais afetadas, mas com acesso liberado, a Sabesp colocou caminhões-pipa para abastecer escolas, unidades de saúde e abrigos de emergência. Na Barra do Una, em São Sebastião, 12 caminhões ainda estão fazendo esse abastecimento. Outros 13 veículos atuam na região de Maresias.
Conforme o diretor de operações da companhia, Roberval Tavares de Souza, apenas alguns bairros do sul de Ilhabela e a Praia de Boiçucanga, em São Sebastião, ainda estavam sem abastecimento. “Em nossa estação de Boiçucanga, devido às interdições nos acessos, só conseguimos chegar às 14h desta segunda e encontramos postes com cabos de energia caídos, por isso foi necessário deslocar geradores. Esperamos que até o fim do dia a água comece a voltar”, informa.
Em Barra do Una, a estação que tinha sido alagada foi recuperada por volta do meio-dia e a previsão é de que a água volte às torneiras de forma gradual. Em Maresias, o sistema de abastecimento voltou a operar por volta das 15h. “Os reservatórios estão se enchendo e nossa expectativa é que a água chegue às casas durante a madrugada.”
Ele lembra que, apesar de ser um insumo necessário para a limpeza das casas, a água deve ser usada com parcimônia. “O que a gente pede é o uso racional para que todos possam ter água disponível”, reforça.