Uma maquiadora de 29 anos teve o carro incendiado durante as
Gabriela Baraga afirmou que teve um prejuízo de R$31 mil, com a perda do carro e material de trabalho que estava dentro do veículo. O carro também era meio de trabalho, já que a maquiadora atende as clientes em casa e rodava cerca de 20 quilómetros por dia.
“Eu estou bem, mas era o meu carro que colocaram fogo. Eu estava sem seguro. O cenário aqui são ônibus carros picapes. Essa é a realidade. A galera trabalha, conquista o carro, conquista o carrão dos sonhos, e meteram fogo. A única coisa que sobrou é um tablet todo queimado e mais nada, só carcaça”, contou em um vídeo feito em uma garagem com outros carros que também foram incendiados.
Gabriela estava saindo de um atendimento em um hotel, na região central de Brasília, quando viu que seu carro havia sido incendiado. A maquiadora ainda relatou que precisou ficar cerca de duas horas dentro do hotel, porque corria risco de ser atingida por bombas que eram jogadas na rua.
“Ainda estou sem acreditar. Só Deus sabe o tanto que precisava deste carro para levar as crianças para a escola. Quem me conhece sabe da minha história, cuido dos meus filhos sozinha, não tenho ajuda nenhuma do pai, trabalho muito! Ainda não acredito que aconteceu justo comigo”, relatou chorando.
Para recuperar o prejuízo, os amigos de Gabriela abriram uma
“Não tiraram apenas o meu carro mas também tiraram minha fonte de renda, o meu sustento e o sustento dos meus filhos. É revoltante passar por isso! Injusto. Tenho a sensação de impotência. Espero que quem tenha feito isso comigo e com todas as outras pessoas que tiveram seus carros depredados, seja devidamente punido! Isso não pode ficar assim”, escreveu na legenda.
Relembre o caso
Um grupo de manifestantes tentou invadir a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, no Distrito Federal, na noite desta segunda-feira (12). Imagens que circulam nas redes sociais mostram carros incendiados e até um ônibus em chamas.
O grupo protestava contra a prisão de um líder indígena apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro, José Acácio Serere Xavante, conhecido como Cacique de Sererê. Ele teve pedido de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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