O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M),
O consultor financeiro Sílvio Azevedo lembra que, em linhas gerais, estamos vivendo uma redução no Índice de correção dos aluguéis. “Se há 24 meses, o Índice chegou a 36% e hoje está em 8%, isso mostra a existência de uma deflação, o que é excelente para o mercado imobiliário porque o reajuste do aluguel se torna mais barato e os contratos imobiliários que, antigamente, eram feitos 100% feitos com o Índice de Correção do IGPM, sugerem reajustes menores, o que facilita o poder de compra, seja de um lote financiado, de um apartamento financiado na planta, seja para alugar um estabelecimento comercial ou o residencial. A queda nos reajustes é boa porque aquece o mercado”. Azevedo lembra, no entanto, que alguns contratos já saíram do IGPM e foram pro IPCA, em função de uma hiperinflação no passado.
A vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Me imobiliário de Minas Gerais, Flávia Vieira, acredita que os próximos meses do setor imobiliário deverão ser de estabilidade. Segundo ela, como um indexador dos contratos de locação, o IGPM deve impulsionar a tendência de queda. “Os preços ficam mais acomodados quando a inflação está mais baixa. E a moeda mais forte. Isso é super importante para que a gente tenha estabilidade de preços. Com relação ao mercado, especificamente, estamos aguardando o resultado das eleições para sentirmos que rumo a economia brasileira vai tomar.”
O professor de economia da UFMG, Mauro Ferreira, falou sobre os principais fatores que levam à essa oscilação do IGPM popularmente, conhecido como a inflação do aluguel. “Nós tivemos recentemente queda no preço do petróleo no mercado internacional e, internamente, também houve queda de diversos commodities nos últimos três meses. Tudo isso é repassado muito rapidamente para o IGPM”.