Para comemorar os 200 anos da Independência, o governo brasileiro pediu o coração de D. Pedro I emprestado. A relíquia sairá da cidade de Porto, em Portugal, na noite de domingo (21), e deve chegar em Brasília na segunda-feira (22). A Força Aérea Brasileira (FAB) será responsável pelo transporte.
O coração irá, inicialmente, para o Palácio do Planalto, onde será recebido pelo presidente Jair Bolsonaro em uma solenidade que vai acontecer na próxima terça-feira (23/8), às 17h. Depois, ele seguirá para o Palácio do Itamaraty, onde será exibido até o dia 7 de setembro. No dia seguinte, o órgão voltará para Portugal.
Para ter acesso ao coração de D. Pedro I, o governo brasileiro participou de uma negociação que durou cerca de quatro meses com o governo português, a Câmara do Porto e a Irmandade da Lapa, entidade que guarda o órgão. Uma equipe de peritos avaliou se era seguro viajar com o coração e, após resposta positiva, ele poderá ser enviado ao território brasileiro.
O presidente da Câmara Municipal de Porto, Rui Moreira, virá ao país junto com o órgão. Custos de viagem e todas as medidas de segurança para manter a relíquia intacta serão de responsabilidade do governo brasileiro.
“O coração do nosso D. Pedro será recebido com honras de chefe de Estado, com salvas de canhão e escoltado pelos Dragões da Independência, ficará fora cerca de 20 dias, mas vai regressar com mais reconhecimento e admiração por parte do povo brasileiro”, disse Rui Moreira.
Guardado a cinco chaves
O coração de D. Pedro I é armazenado em um vaso de vidro com formol dentro de um cofre trancado a cinco chaves na Igreja da Lapa, na cidade de Porto, em Portugal. Antes de vir para o Brasil, o órgão será exposto pela primeira vez no salão nobre do prédio em uma vitrine protegida.
A instalação é da altura média de um brasileiro e português. O órgão ficará na mesma posição de como se estivesse dentro do corpo humano.
Ao chegar em Porto, no dia 9 de setembro, o coração será exposto novamente. Depois, ele voltará para o cofre.