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Agro: 80% dos mineiros têm imagem positiva do setor, diz pesquisa Quaest/Faemg

O agro é apontado como setor que mais gera desenvolvimento em Minas Gerais

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Antônio Pitangui de Salvo

O agro é apontado como setor que mais gera desenvolvimento em Minas Gerais, além de ser o melhor para se trabalhar. A imagem positiva do agronegócio está associada à geração de empregos e à produção de qualidade, de acordo com uma pesquisa Quaest/Faemg que ouviu a população de Minas Gerais sobre a agropecuária. A Itatiaia teve acesso com exclusividade à pesquisa nesta quarta-feira (11).

Para 80% dos mineiros, o setor tem uma imagem positiva. A agropecuária segue sendo o segmento da economia mais bem visto pelos mineiros à frente do setor de serviços com 66%, a indústria automobilística com 51%, a siderurgia com 50% e a mineração com 39%.

O agro também é considerado a principal atividade econômica de Minas Gerais, aparecendo em primeiro lugar na opinião dos entrevistados, com 43%, à frente da mineração, com 24%. Dentre os setores, também é visto como o que mais traz desenvolvimento (39%) e o melhor para se trabalhar (31%).

Em entrevista à Itatiaia, no 20ª Megaleite, no Expominas, em Belo Horizonte, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Antônio Pitangui de Salvo, destaca que os números comprovam o desempenho do agro mineiro e do país. Ele afirma que o setor vem crescendo de forma sustentável, e que a tecnologia que homens e mulheres que trabalham no campo tem trazido para suas propriedades mostram o desempenho econômico da atividade.

“A grande dúvida que nós tínhamos, e aí sim o porquê dessa pesquisa, é, será que a população mineira está ciente disso? Então para nossa surpresa positiva, confirmando e reafirmando a pesquisa de feita no final de 2023, começo de 2024, e essa agora feita em 2025, mostrando que o nosso crescimento, a nossa imagem melhorou ainda mais. Isso é sinal que estamos trabalhando de forma correta”, afirma o presidente da Faemg.

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Ele ressalta ainda que o agro vem desmistificando uma série de “fatos negativos” que, de acordo com ele, são fruto de “narrativas desconexas e não verdadeiras”. “A agricultura e a pecuária mineira aumentam o PIB, segura o PIB. Esse PIB traz dinheiro para segurança, para saúde, para estradas, para melhorias de todos os mineiros. O mineiro, com essa cara de desconfiados que temos, sabemos das coisas. Esse segmento muitas vezes é criticado porque comunica mal”, acrescenta.

Ele ressalta que o estado é o maior produtor de café, que tem sido também exportado, com 55% da produção nacional e o título de maior produtor do grão do mundo. Outros setores, como o leite e a pecuária leiteira, também se destacam em Minas Gerais, que é responsável por 27% de toda a produção de leite brasileira.

“Mas além disso, nós temos os grãos que vem crescendo, o setor sucroenergético, leia-se açúcar e álcool e açúcar e etanol, as florestas plantadas temos o maior maciço. Além disso, temos o queijo, a cachaça, o mel, o azeite, enfim. Temos uma grande diversidade de produtos que fixam esse homem no campo, gera renda, gera riqueza, gera desenvolvimento para que a gente possa fazer com que Minas Gerais, mais do que nunca, possa ser ainda mais ajudada por essa atividade tão importante que é a agricultura e a agropecuária”, conclui.

O diretor da Quaest, Felipe Nunes, pontua que o elemento que mais chamou atenção na pesquisa foi a queda no percentual de mineiros que atribuem danos ambientais e poluição ao setor do agro. “Caiu de 22% para 16% dos mineiros, entre aqueles que têm uma imagem negativa do agro, que dizem que a responsabilidade por danos e poluição é aquilo que mancha a imagem do agro. A queda nesse indicador é um sinal importante para mostrar o trabalho que está sendo feito no setor e que a gente captura nesta rodada de pesquisa uma variação aí positiva muito importante”, analisa.

Correspondente da Rádio Itatiaia em São Paulo. Ingressou na emissora em 2023. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. Na Band, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na Band News FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do Band News TV. Em 2023, foi reconhecido como um dos 30 jornalistas mais premiados do Brasil.