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Universidade Federal prepara primeira Escola de Queijos Minas Artesanal do país; entenda

Instituição dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri se estrutura para oferecer cursos sobre o processo de fabricação da iguaria que, em breve, deverá receber o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco

Queijaria da UFVJM foi usada para produzir queijo de 20 Kg do movimento Super Queijos

Setor de bovinocultura da Universidade tem, atualmentes, 40 vacas, sendo 16 em lactação

Pensando em incrementar as atividades de ensino, pesquisa e extensão, o Departamento de Zootecnia e a administração central da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) está em fase de estruturação de uma queijaria artesanal e uma ‘docedileitaria’ para processar o leite produzido na instituição. Além disso, o professor, zootecnista e doutor em Ciência de Alimentos, Cleube Boari, revelou, em primeira mão, à Itatiaia, que também está sendo gestada a primeira Escola de Queijos Artesanais dentro de uma universidade pública federal.

A ideia é oferecer cursos e treinamentos livres a produtores e aspirantes a mestres-queijeiros, disseminando as boas práticas de fabricação do QMAs e as exigências da lei para estruturação de uma queijaria. Apaixonados pelos QMAs, Cleube trabalha com a iguaria há mais de 20 anos e, atualmente, é Docente Responsável pelo Setor de Ciência e Tecnologia dos Produtos de Origem Animal. “Realizo ações de ensino, pesquisa e extenção com o Queijo Minas Artesanal desde 2010, quando iniciei o trabalho como professor do curso de Zootecnia da UFVJM”, contou.

O setor de bovinocultura leiteira da UFVJM produz, diariamente, por volta de 300 litros de leite cru, mecanicamente ordenhado de vacas holandesas criadas em um sistema Compost Barn. Estes espaços, além de serem utilizados para as atividades de ensino e pesquisa da universidade - cursos de Zootecnia, Agronomia e Engenharia de Alimentos – também estarão de portas abertas para receber produtores para participarem de treinamentos a respeito do manejo e nutrição do gado leiteiro, das boas práticas agropecuárias e de fabricação, e também da produção de queijos e doce de leite.

“A equipe que está idealizando estes setores está em contato com o Serviço de Inspeção Municipal Regional Consorciado (SIMC), em Diamantina, para que tudo seja feito conforme a legislação sanitária vigente. O que se deseja com isto é que todos sejam instruídos a fazer queijos e doce de leite da forma sanitária correta”, explicou Cleuber. Os queijos e doces excedentes serão comercializados no Empório JK, que fica no campus universitário.

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Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.