Se depender do empenho do governo do Estado, Minas em breve poderá não ser mais apenas a ‘terra do café e dos queijos’, mas também referência na produção de
A determinação foi dada pelo governador Romeu Zema à Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) que não esconde seu apreço por produtos genuinamente mineiros, como os próprios queijos, o mel a cachaça e, agora, os vinhos. A Comissão de Política Tributária da pasta aprovou, no início de abril, o Tratamento Tributário Setorial (TTS) voltado para fabricantes de vinhos.
De acordo com o secretário de Fazenda, Luiz Claudio Gomes, com a redução da carga tributária para 3%, o produto local ficará ainda mais competitivo, dando ao empresário condições de investir na fábrica, gerando mais empregos.
“A intenção é atrair investimentos, intensificar cadeias produtivas e trazer bem-estar social por meio de bons empregos. Essa cadeia vinícola atrai o turismo, dinamiza o setor hoteleiro, de viagens, de transporte e aumenta o comércio. Com certeza, trará desenvolvimento e aumentará a renda do povo da região produtora”, ressalta Luiz Claudio.
Os fabricantes de vinhos que se enquadram no segmento, exceto os contribuintes optantes do Simples Nacional, podem solicitar a concessão do TTS diretamente no Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual (Siare).
Fabricante aponta crescimento da cadeia produtiva
O regime especial já foi requerido pela empresa Luiz Porto Vinhos Finos, que trabalha, atualmente, com 14 rótulos. Os vinhedos estão em Cordislândia, no Sul de Minas, e o processamento da bebida é feito em Tiradentes, no Campo das Vertentes, onde já acontecem visitas turísticas à fábrica para degustações.
“Estou vendo um Estado que escuta o empreendedor, um governo que entende que a tributação é fator fundamental para que possamos gerar crescimento econômico e desenvolver toda a cadeia industrial”, disse Luiz Porto Junior, proprietário da empresa.
Número de produtores dobrou de dois anos pra cá
De acordo com a Epamig, em 2020, o estado contava com cerca de 50 fabricantes. Hoje, já são cem produtores com mais de mil hectares de vinhedos registrados.
Epamig prevê cenário otimista
Ainda de acordo com a Empresa de Pesquisa, quando toda a área plantada estiver em produção, serão cerca de 4 mil toneladas de uva e 2,4 milhões de litros de vinho, por ano. A estimativa é que o mercado movimente R$ 120 milhões por ano.
Desde 2000, já foram investidos pelo governo estadual cerca de R$ 10 milhões em projetos de desenvolvimento de técnicas de manejo, produção de mudas, montagem da vinícola e análises enológicas.
(*) Com informações da Epamig.