O ministro do Desenvolvimento Agrário e Familiar, Paulo Teixeira, visitou hoje (16) a sede das Centrais de Abastecimento (CeasaMinas), em Contagem. A convite da prefeita Marília Campos, ele veio conhecer as instalações e a infraestrutura local a fim de participar das discussões do processo de privatização da empresa com mais propriedade. De qualquer forma, já manifestou o desejo de retirar a Ceasa do Programa Nacional de Desestatização (PND).
“Vim conhecer essa casa e toda a sua pujança. É uma empresa que tem resultados positivos com 15 mil pequenos agricultores fornecendo produtos para a casa e cerca de 70 mil frequentadores regulares. Ou seja, há uma demanda para a volta dos investimentos que foram congelados no passado”.
“Vamos nos debruçar isso agora. Eu fiz uma manhã de “escuta’. Foram feitas reivindicações de vários segmentos -o dos comerciantes, o dos servidores e o dos catadores. Eu recolhi as questões que foram colocadas e vou levar ao presidente Lula para que ele decida sobre o futuro dessa empresa”, falou, acrescentando que deverá ser criado um Grupo Trabalho para estudar investimentos no complexo.
O presidente da Ceasa Minas, Luciano José de Oliveira, disse que a presença do ministro era um alívio para quem trabalha, empreende ou necessita do complexo para se alimentar. “Ficamos esses últimos seis anos sem um norte. A chegada do ministro e a vinculação à sua pasta trazem esperança, porque estávamos (em diálogo) com o Ministério da Economia no governo anterior e, até então, não havíamos sido ouvidos. Somos uma grande família, uma extensão dos municípios aqui representados, que trazem seus produtos, comercializam e proporcionam o desenvolvimento do Estado e da agricultura. Temos esperança de que o local volte a cumprir seu papel de combate à miséria”, disse.
O presidente da Associação Comercial da Ceasa (ACCeasa), Noé Xavier da Silva, por sua vez, agradeceu a prefeita Maria Campos e ao Ministro Paulo Teixeira, por ouvir a demanda dos empresários. Eles pediram uma modernização dos contratos dos empresários e algumas regras contratuais. “Várias empresas estão saindo do Ceasa, montando outras operações, com a comercialização fora do local”, informou Xavier.
“Se a empresa continuar no plano de desestatização, a política de falta de investimentos vai continuar. Já são 23 anos nessa condição. Essa falta de recursos provocou o sucateamento da empresa. Nós precisamos olhar para a Ceasa de um jeito diferente. Queremos encontrar soluções adequadas para todos os empresários”, disse. A ACCeasa conta hoje com 325 empresas associadas, que representam cerca de 80% do espaço territorial do local.
A prefeita de Contagem Marília Campos reiterou que a CeasaMinas é fundamental para a região metropolitana de Belo Horizonte.