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Órgãos oficiais, conselhos e associações realizam força-tarefa para prevenir gripe aviária no estado

Emater-MG, IMA, Ibama, IEF-MG, Avimig, Fundesa, CRMV e outros concentram esforços para levar o máximo de informações sobre a doença aos produtores rurais

Sintomas da gripe aviária são: corrimento nasal, lacrimejamento, diarreia e espirros. Produtor deve ficar atento

Coordenados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), vários órgãos mineiros ligados ao setor como Ibama, IEF, IMA, Fundesa (Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal), Emater-MG, Seapa, Avimig, Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG) se uniram em ações de combate e prevenção à gripe aviária. O Conselho produziu 50 mil cartilhas com dicas sobre como evitar a doença; principais sintomas e o que fazer em caso de suspeita. O Fundesa arcou com os custos de impressão. Quarenta mil exemplares estão sendo distribuídos por técnicos da Emater-MG e outros dez mil ficaram a cargo do IMA.

“Como as galinhas são contaminadas por aves silvestres, o Ibama e o IEF-MG ficaram com a tarefa de monitorar as florestas e os parques florestais. A Emater, como tem uma grande capilaridade no interior do Estado, ficou responsável pelas distribuição das cartilhas, mobilização e orientação dos produtores rurais”, explica a coordenadora de Pequenos Animais da Emater-MG, Márcia Portugal Santana.

Ela lembra que o Brasil está em estado de alerta em função da notificação de casos de influenza aviária (IAAP – vírus H5N1) na América do Sul. O Mapa intensificou as medidas de prevenção da doença no país, que é referência mundial para a avicultura e nunca registrou a ocorrência do mal.

“O Brasil é o único país, entre os maiores produtores, que não registrou foco dessa doença que tem sido fatal para economias importantes de países como Estados Unidos e China. “É preciso que as granjas mineiras e brasileiras estejam alertas e preparadas para evitar a ocorrência da gripe, especialmente devido à importância da avicultura para a economia nacional”, falou. De acordo com Márcia, os produtores têm recebido bem o material

Minas é o segundo exportador nacional de ovos para consumo tendo respondido, em 2021, por 19,5% das vendas externas do produto, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). E o Brasil, por sua vez, é o maior exportador mundial de carne de frango, que é vendida para aproximadamente 160 países”.


Documentação correta e registro junto ao IMA

Todas as granjas devem ter registro junto ao IMA, inclusive estabelecimentos de criação de outras aves como codorna e faisão destinadas à produção de carne e ovos para consumo humano, granjas que comercializam aves ornamentais e aquelas com finalidade de ensino e pesquisa. Para solicitar o registro, o produtor deve entregar no escritório do IMA a documentação correta e completa, o que inclui declaração do médico veterinário responsável técnico informando que foram atendidas todas as exigências previstas pela Instrução Normativa nº 56/2007 que, na prática, são as medidas de biosseguridade de proteção das granjas.

Produtor que desconfiar que seus animais possam estar com os sintomas, deve comunicar o IMA, que é o órgão de fiscalização sanitária do Estado, pelo site: www.ima.mg.gov.br ou pelo Whattsapp: (31) 9 8598-9611.

Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.