Com a informalidade dos que se conhecem bem e compartilham afinidades políticas e pessoais, o governador reeleito Romeu Zema esteve hoje (11) na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (FAEMG) para ouvir as propostas do setor para a próxima gestão. Enquanto o governador saboreava um cafezinho, o presidente da Federação, Antônio Pitangui de Salvo, aproveitou para ressaltar a qualidade do produto mineiro, “especialmente de regiões como Capelinha, Cerrado e das Matas de Minas”. Em seguida, De Salvo disse que “o meio rural precisa sair da sua bolha, percorrer os meios urbanos, se mostrar e se aproximar mais do governo”. Por isso, agradecia a oportunidade de estar sendo ouvido.
Ele pediu apoio para manter a segurança alimentar no Estado, conquistada, em grande parte, em função da recuperação do solo do cerrado na década de 70 por meio do trabalho liderado pelo ministro da agricultura Alisson Paolinelli; manutenção de um “diálogo desarmado”, a respeito de sustentabilidade, lembrando que Minas, excluindo-se os estados do bioma amazônico, é o estado que mais tem área preservada; ter uma Secretaria da Agricultura forte, “que entenda nosso povo”. “O que pedimos é que nos conheçam e nos respeitem. Noventa por cento dos produtores rurais mineiros são pequenos produtores. E são esses que a gente precisa continuar atendendo e atendendo bem”.
O governador Zema respondeu dizendo que já havia perdido as contas de quantas vezes esteve na sede da FAEMG, onde se sentia em “casa”. Falou em “obrigação de ajudar o agro mais do que em seu primeiro mandato porque quando assumiu teve que consertar muita coisa”. Na sequência, ele ressaltou conquistas de seu governo como a não necessidade de vacinação contra febre Aftosa que trará aos pecuaristas do estado uma economia anual de R$ 700 milhões, valorizando a carne e o leite; as conquistas da cafeicultura na produção dos cafés especiais, com sacas sendo vendidas a R$ 6 mil; o sucesso dos Queijos Artesanais com produtores que reclamam sempre do mesmo “problema bom”: não conseguir atender a demanda. “O próximo passo é conversarmos com a Inglaterra para exportarmos os produtos lácteos. Por enquanto, as barreiras ainda são muitas”.
Ao falar sobre infraestrutura para setor, Zema disse que o estado está pavimentando 2500 Km em todo o estado, “de asfalto, não é uma operação tapa-buraco”, ressaltou; também a Cemig está trabalhando para beneficiar 500 mil produtores com a oferta de um serviço de mais qualidade e disse que o Estado “está tomando todas a s medidas necessárias para compensar as emissões de carbono até 2050 e comprovar que “o agro é sustentável”. Queremos apoiar os produtores para que produzam mais e com mais tecnologia. O setor ainda tem muito a crescer em Minas e vai crescer”, garantiu. De Salvo respondeu que “quer ter acesso ao governo, não para pedir, mas para ajudar e participar do desenvolvimento de Minas”.