Wênia Morais se entregou à polícia paraguaia na noite de sexta-feira (29), em Assunção, no Paraguai. A brasileira estava foragida há nove meses e escondida no país vizinho.
Contra ela havia um mandado de prisão em aberto expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação nos atos de vandalismo de 8 de janeiro, em Brasília.
Wênia se apresentou ao escritório Central Nacional da Interpol em Assunção, e as autoridades acionaram a Polícia Federal brasileira. Do país vizinho, foi levada para Foz do Iguaçu (PR) e deve ser transferida para o Distrito Federal, ainda sem data definida.
Segundo a PF, o trabalho foi realizado mediante cooperação internacional entre a Polícia Federal e as autoridades do Paraguai para a apresentação da brasileira.
Motivação
A CNN apurou que Wênia Morais se entregou após ficar abalada emocionalmente com a prisão da colega que dividia apartamento com ela, Rieny Munhoz, em 14 de setembro, conforme revelou a CNN. A prisão foi em uma operação internacional da Interpol para prender bolsonaristas que se refugiaram no Paraguai.
Wênia é investigada como uma das lideranças dos ataques às sedes dos Três Poderes, principalmente no Rio de Janeiro, onde morava antes de viajar para Brasília após as eleições presidenciais.
E também por participação nos atos de 12 de dezembro, quando houve tentativa de invasão à sede da Polícia Federal, no dia da diplomação do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).